Testemunhos de livramento demonstram o quanto Deus pode agir nas situações mais improváveis, e em alguns casos, como o de uma mulher chamada Virginia Prodan, autora do livro “Salvando Meu Assassino”, esse escape pode ocorrer bem na hora em que uma arma está apontada em sua direção.
Virgínia é uma ativista veterana pelos Direitos Humanos. Ela atuou de forma exemplar durante o regime socialista romeno na época da ditadura de Nicolae Ceausescu, na década de 1980, lutando contra a violação de direitos básicos, tais como o da liberdade religiosa.
“Eu não sou uma heroína. Deus me deu essa missão e eu era uma ferramenta nas mãos Dele”, disse Virginia em entrevista à CBN News. “O governo socialista é um governo que estabelece um sistema no qual os cidadãos devem aceitar que o governo é seu Deus e não Cristo”, destaca.
Virgínia se tornou algo do regime socialista romeno por denunciar o número de violações existentes na época, e isso junto aos investigadores de países democráticos, como os Estados Unidos, pois ela sabia que às leis sobre liberdade religiosa que existiam na época eram apenas de fachada.
“Essas leis não estavam nos livros para proteger a liberdade de religião e liberdade de expressão romena, elas estavam nos livros de Direito da Romênia para a civilização ocidental acreditar que tínhamos liberdade”, contou a mulher.
Após uma série de denúncias e entregas de provas aos fiscalizadores internacionais, Virgínia se tornou um alvo digno de morte para o regime socialista romeno. Ela chegou a ser torturada e espancada como tentativa de intimidação, mas isso não foi suficiente para lhe parar, pois a jovem estava a serviço de Deus.
Foi nesse momento que Virgínia, aos 23 anos de idade, recebeu uma visita inusitada.
“Ele [o governo] decidiu enviar um homem ao meu escritório, que se apresentou como um ‘cliente’, mas na verdade era um assassino contratado para me matar. Ele me disse: ‘não sou seu cliente, estou aqui para matá-la’. Então, ele apontou a arma para mim e eu pensei: ‘vou morrer'”, contou.
“Olhei para ele e comecei a compartilhar a mensagem de Cristo. Aquele homem era apenas um ser humano como eu, procurando a verdade como costumava parecer há muitos anos. Ao compartilhar o evangelho com ele, notei que olhava para o homem que gritava comigo alguns segundos atrás, porém agora se quebrantando sob o poder de Deus”, lembra a mulher.
A partir desse momento o homem desistiu de assassinar Virgínia e, segundo ela, eles se tornaram irmãos em Cristo. Esse testemunho se transformou em um livro e até hoje a mulher que viu a sua vida ameaçada diante de uma arma continua lutando pelos direitos humanos, nos Estados Unidos.