O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) comparou-se ao vencedor do prêmio Nobel da Paz de 1964, Martin Luther King, durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) realizada ontem, 12 de março.
“Algumas pessoas não sabem, mas os grandes direitos humanos nasceram com a comunidade protestante, com os evangélicos. Um dos maiores líderes de direitos humanos no mundo foi um pastor pentecostal do mesmo segmento que o meu, doutor Martin Luther King. Ao falar dentro da sua igreja, Luther King citava a bíblia, e a gente cita o que é errado e o que é certo, o que é pecado e o que não é”, disse o pastor, queixando-se da forma como sua gestão à frente da CDHM é comentada pelos colegas do Congresso.
Martin Luther King tornou-se uma liderança mundial em defesa dos direitos humanos entre as décadas de 1950 e 1960, conquistando grandes avanços quanto aos direitos civis da população negra nos Estados Unidos.
O discurso de Feliciano foi feito após a eleição do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para a presidência da CDHM. O acordo proposto pelo Partido dos Trabalhadores que colocaria Feliciano como um dos vice-presidentes da comissão acabou desfeito por pressão da bancada evangélica, que não aceitava a participação de Wyllys na negociação.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o deputado eleito para presidir a CDHM fez um aceno aos parlamentares evangélicos, propondo uma convivência respeitosa e dizendo que “todas as pessoas têm o mesmo valor”.
Pimenta ressaltou que o propósito da CDHM é lutar contra injustiças: “O papel político [da comissão] e que seus representantes devem ser uma voz atuante na luta contra as diversas formas de exclusão e de discriminação. Não podemos admitir a fragilização da cultura dos Direitos Humanos. É urgente que se promova o debate necessário à constituição de novas formas de convivência fundadas nos princípios da solidariedade, da sustentabilidade, da diversidade e da inclusão”, pontuou.
O pastor e deputado federal Sóstenes Cavalvante (PSD-RJ), aliado do pastor Silas Malafaia, disse que o PT “estuprou” sua candidatura à presidência da CDHM. Sóstenes exerce seu primeiro mandato e pretendia lançar uma candidatura avulsa para comandar a comissão pois havia reunido os votos necessários para derrotar Paulo Pimenta.
“Tenho aqui que fazer uma denúncia que o PT e o governo, com a manutenção do acordo de liderança, violou, estuprou os partidos que têm liderança nessa comissão”, queixou-se Sóstenes, segundo o Yahoo!.