A liberdade religiosa é pauta no discurso de muitos governos pelo mundo, mas não tão presente quanto na atual gestão do americano Donald Trump, nos Estados Unidos, que tem demonstrado esforços internacionais para combater a perseguição religiosa aos cristãos e demais minorias em alguns países.
Um encontro ocorrido na última quarta-feira (17), com representantes de países como China, Turquia, Coreia do Norte, Irã e Mianmar, foi mais um sinal de Donald Trump de que governo dos Estados Unidos pretende intensificar sua campanha contra a intolerância religiosa, especificamente contra os cristãos.
A China é um dos principais alvos de críticas dos Estados Unidos, seguida pelo Irã e também do Paquistão. Críticas essas que partem diretamente de Trump, seu vice-presidente, Mike Pence, e o secretário de Estado, Mike Ponpeo, todos evangélicos, segundo o R7.
“Na América, sempre entendemos que nossos direitos vêm de Deus, não do governo”, disse Trump aos representantes dos 27 países que estiveram na reunião, na Casa Branca. Pessoas como Jewher Ilham, um muçulmano uigur; Yuhua Zhang, um seguidor do Falun Gong; Nyima Lhamo, um budista tibetano e Manping Ouyang, um cristão.
Essas pessoas foram vítimas de perseguição religiosa em seus países e puderam relatar ao presidente americano detalhes de como é difícil viver em uma região onde a liberdade de expressão é reprimida com punhos de ferro.
Papel do governo brasileiro
O governo de Jair Bolsonaro também tem se manifestado em favor da liberdade religiosa no mundo. Todavia, segundo Déa Fernandes, diretora da organização Ecoando a Voz dos Mártires (Brasil), falta contundência da ministra Damares Alves, da pasta de Direitos Humanos.
“A ministra Damares Alves recorreu à mídia gospel para anunciar em maio que o governo Bolsonaro seria voz dos cristãos perseguidos, mas, venho acompanhando as falas da referida autoridade, que foge de seu ‘compromisso’ e em seus discursos ‘politicamente corretos’ usa o termo ‘liberdade religiosa’ se negando a denunciar nos foros internacionais a cristofobia e genocídio de cristãos”, disse ela.
Para Déa, o governo brasileiro precisa se posicionar de forma objetiva em favor dos cristãos, e não genérica, denunciando os crimes de intolerância praticados em diversos países, muitos motivados pelo radicalismo islâmico.