Há quatro anos, quando estava em campanha para se tornar presidente dos Estados Unidos, Donald Trump prometeu ser uma voz em defesa da liberdade religiosa, principalmente dos cristãos que vivem em países onde seguir a Jesus pode custar a vida. E o tema continua sendo uma de suas pautas na busca pela reeleição.
Ao longo dos primeiros três anos de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos se manifestou sobre o assunto diversas vezes, como por exemplo, em um encontro com o presidente da Nigéria, quando cobrou que o país atuasse de maneira mais decisiva contra a perseguição imposta pelo Boko Haram aos cristãos do país, que vêm sendo massacrados nos últimos anos.
Agora, Trump lançou luz sobre a situação dos fiéis que vivem no Oriente Médio e sofrem com perseguição intensa. Em sua visão, o “Acordo de Abraão”, firmado entre Emirados Árabes Unidos e Israel, pode trazer contribuição significativa para a proteção da liberdade religiosa dos cristãos que vivem na região.
“Os cristãos foram perseguidos por alguns países, em particular no Oriente Médio. E acho que é um grande começo. Vai ser um começo muito forte, um começo muito poderoso”, disse o presidente, de acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).
O mandatário norte-americano afirmou que conversou sobre a situação dos cristãos perseguidos com o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, e outros diplomatas envolvidos no acordo: “Se você olhar para a forma como os cristãos têm sido tratados em alguns países, vai além do vergonhoso”, lamentou.
Ele também acrescentou que se tivesse “informações e provas absolutas” de participação de governos na perseguição, ele atuaria para punir estes países. “Algumas das histórias que ouvimos não são fáceis […] O que eles fazem aos cristãos no Oriente Médio é vergonhoso. É uma vergonha”, reiterou.
Trump afirmou que a liberdade religiosa foi “uma parte importante da negociação geral” pelo acordo de paz, e elogiou a posição dos Emirados Árabes em relação ao tema: “Concordaram fortemente em nos representar. Acho que eles lidam muito bem no que diz respeito ao cristianismo, porque no Oriente Médio [cristão] não é bem tratado. É tratado de forma horrível e muito injusta, é criminoso o que tem acontecido — e isso por muitos e muitos anos. Eu acho que é uma situação muito injusta”.