Um pastor e empresário investiu, do próprio bolso, R$ 10 milhões na construção de um templo com capacidade para cinco mil pessoas, na cidade de São José do Rio Preto, interior paulista. A iniciativa de Sebastião Donizete Pereira foi o cumprimento de um voto, segundo ele próprio.
A denominação, chamada Igreja do Paraíso, em referência ao bairro onde está instalada e que é conhecido como ponto de prostituição e tráfico de drogas, foi fundada pelo próprio Pereira, após ele deixar a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), onde foi membro durante anos.
O templo, construído em 8 mil m², tem estacionamento fechado para 400 carros, dois berçários para 80 crianças, uma livraria, academia e lanchonete. A inauguração, de acordo com informações do Diário da Região, acontecerá no final de agosto.
Pereira relata que passou dificuldades na infância, e que com muito trabalho, fez fortuna com a exportação de miúdos bovinos. “Em um momento de dificuldade para a minha família, tive que tomar frente como filho mais velho, então pedi ajuda para Deus. Ele disse ‘Eu te abençoarei’. Naquele momento, prometi que iria construir o maior templo desta cidade, onde todos se unirão”, diz o pastor e empresário.
A preocupação com a segurança dos frequentadores levou à instalação de câmeras de monitoramento, e o local vem tendo sua estrutura comparável à de um shopping center, de acordo com a imprensa local.
Nos bastidores, há dois camarins, um para os músicos e outro para pastores e artistas que forem ao templo. Há ainda uma cortina automática, que será usada para celebrações de casamentos, um sistema de iluminação comparável ao de uma casa de shows e equipamento de som de ponta.
“Temos o melhor som existente no mercado, o JBL, profissional, que normalmente não é vendido para igrejas. A bateria é uma DW, que é considerada a Ferrari das baterias. Essa é a melhor que há no mercado. Além disso, compramos um piano elétrico que faz tudo em um só instrumento. O dinheiro que gastei aqui, eu não gastaria nem os juros dele na minha vida toda, mesmo que vivendo muito bem”, afirma Pereira.
Sobre as contribuições dos fiéis, o pastor alega que não tem intenção de exigir, mas pregará o que a Bíblia diz a respeito de dízimos e ofertas: “Isso não é um pensamento humano, é um ensinamento bíblico. Assim, as pessoas que quiserem ser dizimistas, serão dizimistas. Aqueles que quiserem ofertar um terreno, por exemplo, poderão. O que Deus colocar no coração delas. Não vamos ficar pedindo, daremos a liberdade para a pessoa contribuir da forma que ela quiser e, se ela não quiser contribuir, tudo bem”, resume.
Como não está ligado a nenhum ministério, o pastor destaca que vai se empenhar em dar satisfação sobre as doações: “Queremos transparência. Vamos prestar contas aos fiéis sobre todo o dinheiro arrecadado”.