Após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), e aproveitou a oportunidade para atacar os evangélicos brasileiros enquanto tentava pressionar os ministros da mais alta instância do Poder Judiciário.
Lula afirmou que o STF julgou diversas ações ao longo dos últimos anos, estabelecendo alguns paradigmas na sociedade. Em seu ponto de vista, os ministros da Corte deveriam se dedicar ao seu caso, mesmo que isso fosse contra supostos interesses de seus adversários.
Nesse ponto, o ex-presidente – condenado em dois processos – aproveitou para atacar os cristãos brasileiros, católicos e evangélicos, afirmando que o segundo grupo é preconceituoso.
“Essa Corte votou, por exemplo, célula-tronco, contra boa parte da Igreja Católica. Votou a questão da reserva Raposa Serra do Sol contra os poderosos do arroz no Estado de Roraima. Essa mesma Corte votou união civil contra todo o preconceito evangélico, cotas para que os negros pudessem entrar [na universidade]”, disse Lula na entrevista concedida aos jornais Folha de S. Paulo e El País.
A declaração ocorre em um momento da política do país que os evangélicos se mostraram decisivos na derrota do Partido dos Trabalhadores na última eleição presidencial, quando Jair Bolsonaro (PSL) venceu por larga margem a candidatura de Fernando Haddad.
Em outro trecho, atacou o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, líder da Operação Lava-Jato e evangélico: “Ele [ex-juiz Sérgio Moro] tem certeza que eu sou inocente. O Dallagnol tem certeza que é mentiroso. E mentiu a meu respeito. Eu estou aqui, meu caro, para procurar justiça, pra provar a minha inocência”, afirmou.
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