O pastor Silas Malafaia concedeu entrevista à revista Veja, e afirmou que desafia “qualquer um a apresentar uma entidade que recupere mais pessoas do que as igrejas evangélicas”.
A conversa foi publicada na sessão “Páginas Amarelas”, que apresentou o pastor como “um dos mais respeitados televangelistas brasileiros”. Malafaia ressaltou que a mensagem bíblica pregada nas igrejas evangélicas tem muito valor: “A Bíblia é o melhor manual de comportamento humano do mundo”.
Segundo o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, os pastores pregam “uma mensagem de grande utilidade para a vida das pessoas também depois do culto”. Silas Malafaia referiu-se às mensagens contra práticas homossexuais e de promiscuidade.
O pastor afirmou na entrevista que o crescimento dos fiéis nas igrejas evangélicas é movido pela forma didática que a mensagem é apresentada: “De que adianta eu fazer o meu fiel ficar duas horas dentro de um templo se, quando aquilo acaba, nada muda nas relações dele com a família, com o trabalho e na vida social? Nós pregamos uma mensagem que condiciona a prática da pessoa no seu dia a dia”, disse Malafaia.
Silas Malafaia se queixou da imprensa, dizendo que existe “um preconceito miserável” contra os evangélicos, que são descritos como “idiotas, tapados, semianalfabetos”.
Sobre a arrecadação de dízimos e ofertas nas igrejas evangélicas, o pastor disse haver muitos “espertalhões” que se aproveitam dos fiéis: “Tem muito bandido por aí. Mas esses malandros [pastores] não conseguem segurar o povo. A distância que me separa de um Edir Macedo, por exemplo, vai do Brasil à China, mas é um erro achar que todo mundo que dá dinheiro à igreja dele, a Universal, é imbecil ou idiota”.
Explicando a motivação dos fiéis em ofertar, Malafaia afirmou que “a pessoa doa porque se sente abençoada, porque se libertou da bebida, vício que consumia todas as economias dela e que a deixava sem condições até de pagar a conta de luz. Ninguém é obrigado a ofertar”.
PL 122
Silas Malafaia, considerado um dos principais oponentes ao projeto que específica penas para o crime de homofobia, disse na entrevista à revista Veja que se sentiu impelido à se manifestar sobre o projeto porque caso tivesse se calado, “a casa tinha caído”.
O pastor voltou a classificar o projeto de lei como uma tentativa dos ativistas gays em criarem vantagens para si próprios: “Essa lei é a lei do privilégio, e o Brasil não é homofóbico. Eu separo muito bem os homossexuais dos ativistas gays. Esses últimos querem que o Brasil seja homofóbico para mamar verba de governo, de estatais, é o joguinho deles”, disse.
E, novamente, o pastor rebateu acusações de homofobia: “Homofobia é uma doença. Ódio aos homossexuais, querer matá-los ou agredi-los é uma doença. Agora, opinião não é homofobia”.
Fonte: Gospel+