Um grupo de líderes evangélicos se reuniu com interlocutores para pedir ao presidente Michel Temer (PMDB) que os bancos públicos criem linhas de crédito para financiar a construção de templos.
A expansão dos evangélicos na sociedade pode ser aferida pelo aumento da influência dos políticos eleito pelo voto deste segmento religioso, mas também pelo crescimento do número de megatemplos nas grandes cidades do país.
Nesse cenário, o bispo Robson Rodovalho, ex-deputado federal, líder da Igreja Sara Nossa Terra e presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil, afirmou que não busca privilégios, mas também sem desrespeito.
“Queremos ser tratadoss como clientes comuns, sem preconceitos nem privilégios”, afirmou Rodovalho, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
A procura pelo presidente Temer para que essa questão seja equalizada se deu pela influência que o governo pode exercer sobre os conselhos de administração da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Ainda não se tem confiança na igreja como cliente. Apresentamos nosso patrimônio como garantia e não aceitam”, criticou o bispo, sugerindo haver preconceito. O primeiro contato de Rodovalho – que lidera 3 milhões de fiéis na Sara Nossa Terra – com Temer aconteceu durante o mandato interino, quando Dilma Rousseff (PT) estava afastada temporariamente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acompanhou a conversa entre o representante das igrejas evangélicas e o presidente. Não foi informado se Temer se comprometeu a facilitar a concessão de crédito às denominações através dos bancos públicos.