A Igreja Universal do Reino de Deus encerrou sua longa relação de apoio ao governo petista com a saída do Partido Republicano Brasileiro (PRB) da base aliada a Dilma Rousseff (PT).
O anúncio do rompimento foi feito pelo partido na última quinta-feira, 17 de março, e expôs a fraqueza política do governo federal e a indisposição de seus aliados a se manterem no barco na véspera de um desfecho negativo para os petistas com o avanço das investigações da Operação Lava-Jato e do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
De acordo com o jornalista Ricardo Feltrin, o rompimento do PRB teve o aval do líder da Igreja Universal, bispo Edir Macedo, uma vez que o partido é formado, essencialmente, por políticos ligados à denominação.
“O rompimento se deu com o aval do próprio Edir Macedo, líder da Universal. Embora se preocupe mais com a evangelização e evite se imiscuir em assuntos tanto da TV como da política, o bispo estaria ‘farto’ dos escândalos e da corrupção envolvendo o PT, disse uma fonte da igreja a esta coluna, na noite desta sexta, pedindo anonimato”, informou Feltrin, em seu espaço no portal Uol.
A relação de Macedo com as administrações petistas já durava 14 anos, desde o primeiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva, em 2002. “A igreja de Macedo sempre adotou uma atitude de completo apoio aos governos petistas. Em 2003, quando o embrião do PRB surgiu, o partido rapidamente se integrou à base do ex-presidente”, recapitulou.
Pastor muda de partido
A saída do PRB – conhecido no meio político como o “partido da Universal – da base de apoio a Dilma, no entanto, não aconteceu sem traumas. O pastor George Hilton, que ocupa o posto de ministro do Esporte, deixou o PRB e ingressou no PROS, para se manter no cargo.
Fiel a Dilma, o pastor licenciado da Igreja Universal preferiu se manter no cargo de ministro de Estado a seguir a escolha política de sua antiga legenda.