Uma formatura terminou marcada por uma censura ao discurso do orador, que pretendia falar sobre Jesus em um trecho de seu tempo, mas a direção da escola o proibiu, com justificativas bastante vagas.
Sam Blackledge, 18 anos, foi eleito orador de sua turma do Ensino Médio na escola West Prairie, em Sciota, Illinois (EUA). Por meses ele se dedicou à construção do discurso, mas quando entregou o texto à direção da escola, se viu obrigado a excluir as menções a Jesus, ou abrir mão da oportunidade de discursar.
“Eu nunca me senti tão triste. Foi terrível”, afirmou Sam em entrevista à emissora Fox News. Ele havia planejado falar sobre o amor de Jesus de forma que esse trecho havia sido construído no discurso como algo elementar, por ser “parte essencial de sua identidade”.
“O diretor explicou que não queriam dar um aspecto religioso à cerimônia. Disse que se eu tirasse Cristo, eu poderia fazer o restante do discurso”. Entre não falar de Jesus ou abrir mão do discurso, ele decidiu que não iria fazer o discurso original.
“A coisa mais importante da minha vida é Jesus. Cristo é a única razão pela qual eu sou o orador da turma. Se não fosse por ele, eu não estaria lá em cima. Eu estava apenas dando a ele o crédito por isso”, explicou o jovem evangélico.
Liberdade religiosa
Como o restante dos alunos contava com ele para a cerimônia, Sam decidiu fazer um discurso improvisado. No dia seguinte, seu caso já havia se tornado notório, e o Instituto First Liberty – que se dedica à proteção da liberdade religiosa e de expressão nos Estados Unidos – se manifestou oferecendo assessoria jurídica ao jovem, para que estudem se cabe um processo contra a escola.
Jeremy Dys, advogado do First Liberty, comentou que Sam Blackledge poderia gravar seu discurso original e publicar nas páginas do Instituto nas redes sociais, como forma de mostrar o que ele tinha a dizer em sua formatura.
O comentarista da Fox News, Todd Starnes, repercutiu o caso de Sam da mesma forma que havia repercutido a situação vivida em 2017 pela aluna Moriah Bridges, que também foi proibida de falar sobre Deus em seu discurso de formatura.
“Fiquei chocada porque a escola disse que minhas observações pessoais descumpriam a lei e fiquei triste por não poder recorrer à minha identidade cristã para expressar meus melhores desejos para os meus colegas sobre o que deveria ter sido o dia mais feliz do Ensino Médio”, queixou-se a aluna à época.
Moriah também recebeu assessoria jurídica do First Liberty, que a encorajou a seguir em frente com seus planos originais. No momento em que discursava, driblou a ordem e conseguiu inserir o mesmo contexto, apesar de ter que reduzi-lo e modificá-lo.
“Sempre segui as regras. Quando disseram para não mascar chiclete em aula, eu não masquei. Quando disseram para não usar o celular, eu não usei o meu celular. Mas hoje, vou desafiar as expectativas e talvez pela última vez nesta escola, ‘eu falo no nome justo de Jesus Cristo, Amém’”, discursou.