A escola cristã CHCA (Cincinnati Christian Academy), da cidade de Cincinnati, em Ohio (EUA), se tornou o centro de um debate sobre homofobia no início da semana, por se recusar a contratar um professor após descobrir que ele é homossexual.
De acordo com o The Christian Post, o professor de música Jonathan Zeng afirma que já havia sido aprovado na entrevista quando foi novamente chamado pelo representante da escola que, acabou o dispensando da vaga por descobrir que ele é homossexual.
“[O representante do conselho] explicou que ficou com um peso em sua mente por causa de minhas respostas em relação a minha crença no amor incondicional de Cristo, quando eu disse que nós, como seguidores de Cristo, devemos para mostrar que o amor a todos, sem julgamento. Estas respostas o levaram a perguntar se eu era homossexual”, explicou Zeng, que completou: “Eu fiquei completamente surpreso com isso e perguntei por que isso era importante, e ele explicou que era a política da escola não empregar professores homossexuais”.
O representante disse ainda a Zeng que foi explicado a ele que essa política é adotada porque ele estaria trabalhando com as crianças, e porque a escola confessional cristã valoriza a “santidade do casamento”.
Zeng, que já trabalha como professor em tempo parcial em uma escola católica local, diz que esta é a primeira vez que ele jamais foi questionado sobre sua orientação sexual como parte de uma entrevista de emprego.
O professor afirmou que não teria se candidatado a vaga caso soubesse sobre essa política adotada pela escola, e ressaltou que não acredita que a orientação sexual deve ser levada em conta quando se trata de educação. Ele ressaltou ainda que nunca falou sobre sua sexualidade a seus alunos.
“Eu não acho que a sexualidade de ninguém tem qualquer lugar na sala de aula. Eu nunca falei sobre a minha sexualidade em sala de aula. Se alguém tinha alguma dúvida sobre isso, sobre a questão da homossexualidade ou de ser um cristão gay, eu os orientaria a falar com sua família, por saber que essa é uma questão sensível”, explicou.
Zeng afirmou que não pretende processar a escola pelo ocorrido, e ressaltou que seu objetivo é simplesmente criar uma consciência sobre a discriminação contra os homossexuais.
O advogado Scott E. Knox, especialista em direito trabalhista e discriminação, afirmo que não existe nenhuma lei federal que dê amparo a uma possível reivindicação do professor, mas explica que uma lei local de Cincinnati torna ilegal que empregadores discriminem profissionais por sua orientação sexual. Ele ressalta, porém que as instituições religiosas estão isentas de cumprir tal lei.
O advogado David Cortman, também comentou o assunto afirmando que “sob a Constituição dos Estados Unidos, as organizações religiosas têm a liberdade de realizar sua fé e sua missão religiosa. Portanto, independentemente da lei local, a Constituição Federal triunfa nesse caso”.
Fonte: Gospel+