A esposa de um pastor foi estuprada e assassinada, e teve seu corpo ocultado pelo criminoso, que foi pego pela Polícia e confessou o crime, mas a Justiça recusou o pedido de prisão preventiva e o soltou.
Um grupo de parentes, amigos e irmãos na fé foi à Avenida Paulista, em São Paulo, protestar contra a decisão da Justiça, e expressar indignação com o caso.
A vítima, Fátima Viana, 45 anos, esposa do pastor Daniel Viana, atuava como agente de saúde comunitária no bairro de Brasilândia, na zona norte da capital paulista.
O criminoso, de acordo com informações do G1, era seu vizinho, Victor Rodrigues Ramos, que confessou tê-la estuprado e matado, e depois ocultado o cadáver. O corpo foi encontrado pela Polícia no dia 30 de junho.
O delegado que investiga o caso, Lupercio Dimove, responsável pelo 23º Distrito Policial, em Perdizes, afirmou que o criminoso deveria ter ficado preso, já que cometeu o crime durante seu período de liberdade condicional. Ele já havia sido condenado e preso por crime de receptação.
Ainda segundo informações do portal G1, o documento que nega o pedido de prisão preventiva não tem assinatura de nenhum juiz, mas mesmo assim Ramos foi liberado pela Polícia.
No protesto, realizado na última semana, os manifestantes usaram camisetas estampadas com uma foto de Fátima, e pediam a prisão de Ramos. “Ele violenta minha esposa, ele assassina minha esposa, ele confessa isso dentro de um fórum, vai para uma delegacia e antes de eu reconhecer o corpo da minha esposa no IML, esse cara tá na rua, como que eu vejo isso? Não sei como que eu vejo isso, não”, afirmou o pastor Daniel Viana, indignado.
O telejornal SPTV, da TV Globo, procurou o Tribunal de Justiça para obter detalhes da decisão, mas recebeu como resposta que o pedido de prisão não havia sido localizado e, mesmo que tivesse encontrado o documento, não daria detalhes sobre o caso pois ele corre em segredo judicial.