O deputado federal suspenso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou à presidência da Câmara dos Deputados na última semana, e agora há uma movimentação da liderança evangélica para manter a articulação política do segmento junto ao governo federal.
Na última sexta-feira, 08 de julho, o presidente interino Michel Temer (PMDB) recebeu um grupo de pastores liderados pelo bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, para discutir a relação entre as igrejas evangélicas e o Palácio do Planalto.
Cunha – que foi membro da Sara Nossa Terra e atualmente frequenta a Assembleia de Deus Madureira – é integrante da bancada evangélica e, devido à sua grande influência política, conseguia intermediar os anseios dos líderes evangélicos com as principais autoridades.
Rodovalho, que já foi deputado federal e atualmente é presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil, queria saber como manter a relação de proximidade com Temer, de acordo com informações do jornalista Guilherme Amado, do jornal O Globo.
Na reunião, o presidente se comprometeu a dar atenção às duas principais demandas do segmento evangélico: o combate à ideologia de gênero e a defesa da família tradicional.
Rodovalho destacou a Temer que a antiga liderança do Ministério da Educação (MEC), encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, vinha implementando de forma intensa e contrária à decisão do Congresso Nacional a respeito do Plano Nacional de Educação (PNE), políticas públicas de estímulo ao ensino de princípios da ideologia de gênero, que é considerada por muitos uma erotização precoce das crianças.
O líder evangélico pediu que o presidente oriente o MEC a promover políticas públicas que tenham como norte a defesa da família tradicional e a fiscalização de casos onde a ideologia de gênero vem sendo promovida.