Abdel-Maseeh Aniyah, Bassam Issa Michael e Ashur Rustam Abraham são os três cristãos transformados em mártires pelo Estado Islâmico na Síria, em mais uma ação de extremismo religioso do grupo de radicais.
A morte dos três, por decapitação, foi filmada pelos extremistas, que posteriormente divulgaram o vídeo, exigindo a quantia de US$ 14 milhões para a libertação de aproximadamente 200 cristãos que são mantidos em cativeiro.
As vítimas viviam nas cidades de Tal Jazirah e Tal Shamiram, que ficam no vale do rio Khabur, em Hasakah, no norte da Síria, de acordo com informações do Christian Post.
No vídeo da execução, o porta-voz do grupo diz que “a Igreja cristã é responsável” pela morte dos três reféns, que são obrigados por seus algozes a se identificarem para a câmera, dizendo “Eu sou um nazareno”, antes de serem decapitados.
A pedida do resgate dos 200 outros reféns era, inicialmente, de US$ 100 mil por refém, o que totalizaria US$ 20 milhões. No entanto, o Estado Islâmico baixou a pedida para US$ 14 milhões por saber que seria impossível conseguir o montante inicial.
A Rede de Direitos Humanos assíria e o Observatório Sírio-britânico para os Direitos Humanos acreditam que a execução ocorreu há duas semanas, durante a celebração do ‘Eid al-Adha’, festa muçulmana celebrada depois do hajj, a peregrinação a Meca.
“Condenamos este último ato de barbárie nos termos mais fortes possíveis. A limpeza étnico-religiosa sistemática dos assírios, sírios e caldeus continua. Eles são impotentes. Eles são crianças, mulheres. Eles são pais e irmãos de alguém”, dizia trecho de um comunicado divulgado pelos defensores dos Direitos Humanos. “Nós clamamos que a comunidade internacional intervenha imediatamente. Fomos expulsos de nossas terras ancestrais. Temos sido mortos e crucificados. A Comunidade Internacional deve agir agora para salvar vidas de outros sequestrados”, acrescentou o documento.