O responsável pelo atentado terrorista na cidade de Boulder, Colorado (EUA), na última segunda-feira, 22 de março, foi identificado como um muçulmano nascido na Síria que seria entusiasta do Estado Islâmico. Ahmad Al Aliwi Al Issa chegou aos EUA como refugiado acolhido durante o governo Obama.
Al Issa foi a um supermercado armado com um rifle semiautomático e uma pistola, abriu fogo contra os clientes e matou dez pessoas, com idades entre 20 e 65 anos.
Uma das vítimas foi o policial Eric Talley, que tinha 51 anos e trabalhava no Polícia da cidade de Boulder desde 2010, foi morto. Ele foi um dos primeiros policiais a atender a ocorrência, e tinha sete filhos.
Uma das testemunhas, identificada como Ryan Borowski disse à CNN que estava fazendo compras na loja quando ouviu os primeiros tiros e estava incrédulo com o atentado: “[A cidade de] Boulder parece uma bolha e a bolha estourou. Este parece o lugar mais seguro da América, e quase fui morto enquanto comprava um refrigerante e um pacote de batatas fritas”.
A chefe de polícia da cidade de Boulder, Maris Harold, disse em uma entrevista coletiva na terça-feira que Al Issa foi indiciado por 10 assassinatos em primeiro grau. Ele se entregou às forças de segurança após ser baleado na perna, conforme informações do portal WND.
O promotor distrital do condado de Boulder, Michael Dougherty, disse que as autoridades ainda não puderam esclarecer a motivação do terrorista: “Por quê isso aconteceu? Não temos a resposta para isso ainda e a investigação está em seus estágios iniciais”.
Estado Islâmico
De acordo com a imprensa dos EUA, o presidente Joe Biden foi informado que Al Issa era uma pessoa monitorada pelo FBI e “possui simpatias pelo Estado Islâmico”.
Apesar da cautela do promotor, o jornalista Jack Posobiec usou o Twitter para citar uma fonte na Casa Branca que revelou alguns detalhes sobre o que o FBI já sabe sobre o caso: “Está começando a parecer que o tiroteio em Boulder foi um ataque terrorista da jihad”.
O mesmo jornalista acrescentou, posteriormente, que as autoridades já descobriram que Al Issa chegou aos EUA como um refugiado, através de um programa de asilo realizado durante o mandato de Barack Obama.
Ontem à noite, o jornal The New York Times noticiou que ele Al Issa entrou no radar do FBI depois que ficou clara sua ligação com outra pessoa que já vinha sendo investigada. Em sua página do Facebook, o terrorista publicava mensagens contra Trump, LGBTs e defendia o islamismo.
Em uma postagem de 5 de junho de 2019, Al Issa disse acreditar que estava sob ataque de “pessoas islamofóbicas racistas” que estavam “hackeando” seu smartphone: “Sim, se essas pessoas islamofóbicas racistas parassem de hackear meu telefone e me deixassem ter uma vida normal, eu provavelmente conseguiria”, escreveu ele.
Sobre o islamismo, ele escreveu: “Os muçulmanos podem não ser perfeitos, mas o Islã é”. Em outro post, de 2016, ele expressou sua revolta contra Donald Trump dizendo que o republicano venceu a eleição contra Hillary Clinton por causa do “racismo”.
— Shayla Raquel (@shaylaleeraquel) March 23, 2021