Em tempos de divulgação de documentos secretos e constrangimento entre governos por causa de espionagens e violação de privacidade, questões como princípios religiosos ainda são tratadas como ameaça à segurança de uma nação.
Documentos oficiais do governo norte-americano revelados nesta semana pela Alliance for Religious Liberty, entidade de defesa da liberdade religiosa nos Estados Unidos, revelaram que grupos religiosos como católicos, evangélicos, judeus e mórmons são vistos como “extremistas” semelhantes à Al-Qaeda e o Ku Klux Klan.
O documento conseguido pela entidade é um relatório de mais de 1.500 páginas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, de acordo com informações do Christian Post.
“Os homens e mulheres de fé que serviram fielmente ao longo dos séculos não devem ser comparado com aqueles que têm ameaçado regularmente a paz e a segurança dos Estados Unidos”, protestou Ron Crews, capelão da Alliance for Religious Liberty.
Tais documentos mostraram que o Departamento de Defesa usou esses relatórios para treinar oficiais em áreas específicas. Até entidades cristãs de assistência social foram mencionadas como “organizações com ideais conservadores semelhantes a grupos de ódio”.
“Os materiais que obtivemos provam que os militares dos EUA violaram sua posição apolítica e se envolveram em uma descaracterização desonrosa de vários grupos religiosos. Suas ações prejudicam e ameaçam os direitos dos inúmeros homens e mulheres que defendem o nosso país, que são membros dessas várias religiões”, criticou Crews.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+