Um estudo desenvolvido na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, afirma que Pessoas menos religiosas tendem a ser mais sensíveis às necessidades de um estranho. De acordo com o psicólogo Robb Willer, “a pesquisa sugere que embora pessoas menos religiosas tendam a ser menos confiáveis nos Estados Unidos, quando sentem compaixão, elas podem estar mais abertas a ajudar estranhos do que pessoas mais religiosas”.
Publicada no Social Psychological and Personality Science, o estudo foi dividido em três partes. A primeira foi a análise de dados publicados em 2004 sobre um levantamento feito com 1300 pessoas. A análise mostrou que as pessoas menos religiosas eram mais caridosas do que os mais crentes.
A segunda etapa foi a realização de um experiemento no qual 101 adultos americanos assistiram a imagens de crianças muito pobres. Em seguida, os participantes receberam moedas falsas e foram instruídos a doar uma quantidade qualquer a um estranho, e mostrou que novamente os menos crentes foram mais caridosos. “As imagens tiveram um grande efeito na generosidade dos menos crentes” afirmou, ressaltando ainda que isso “não modificou de maneira significativa a generosidade dos participantes mais religiosos”.
O terceiro experimento foi realizado com 200 alunos universitários que tinham que dizer quão compassivos estavam se sentindo no momento. Em seguida, participaram de jogos em que precisavam decidir se compartilhariam dinheiro com um estranho ou se guardariam para si. Durante o experimento os jogadores eram informados que haviam recebido doação de outro participante, e tinham liberdade para decidir se recompensariam o doador devolvendo parte do dinheiro. Os participantes que haviam declarado baixa religiosidade e alta compaixão estiveram mais inclinados a devolver parte do dinheiro recebido por um estranho do que os outros participantes do estudo.
De acordo com a revista Veja, com isso os pesquisadores concluíram que os menos religiosos apoiam a generosidade e a caridade na força da ligação emocional que estabelecem com um estranho. Já os mais religiosos parecem basear a generosidade menos na emoção e mais na doutrina e na identificação com a comunidade.
Fonte: Gospel+