Dois estudiosos australianos publicaram um estudo no Journal of Religion and Health no qual afirmam terem encontrado uma ligação entre a religião e o índice de massa corporal (IMC) das pessoas. De acordo com o estudo, a média de peso entre as pessoas religiosas é significativamente maior que entre outros grupos da população.
Comandado pelos professores Michael Kortt, da Southern Cross University e Brian Dollery da University of New England o estudo aponta que o “pecado da gula” não é tão malvisto pelos religiosos, principalmente quando comparado com atitudes reprovadas por eles, como fumar, beber demais e sexo antes do casamento.
De acordo com o site de notícias australiano News.com.au, através da análise de dados de 9408 adultos, os professores descobriram que a opção religiosa estava “significativamente relacionada com um IMC maior”. O estudo mostrou que homens batistas e católicos tinham um IMC superior aos que não diziam possuir filiação religiosa, e que as mulheres não cristãs tinham índice de massa corporal menor.
– Em primeiro lugar, a religião pode tanto condenar quanto servir para controlar certos tipos de comportamento ‘aberrantes’, como beber em excesso, o tabagismo e o sexo fora do casamento. No entanto, comer em excesso, ou o pecado da gula, não tem o mesmo nível de condenação e até pode ser visto como um “pecado aceitável” pela maioria dos líderes religiosos – afirmaram Kortt e Dollery.
– Tem havido um crescente número de evidências que sugerem existir uma relação positiva entre religião e saúde. Nós identificamos uma associação estatisticamente significativa entre religião e IMC nos homens e mulheres australianos – explicaram.
Em observações sobre a pesquisa, Kortt e Dollery observaram que muitas atividades e celebrações religiosas giravam em torno da comida, o que, por sua vez, pode gerar um ambiente propício ao comer excessivo. Eles apontaram também que pessoas que praticam sua religião em casa, como as que acompanham pregadores pela TV, costumam consumir alimentos e bebidas altamente calóricos e acabam por preferir um estilo de vida sedentário.
Fonte: Gospel+