Kleber Lucas gravou um podcast ao lado do cantor Caetano Veloso, para promover o dueto que ambos fizeram na música Deus Cuida de Mim. Durante o programa, o pastor de esquerda fez afirmações negando a inspiração divina do cristianismo.
O pastor, que fez sucesso ao longo da carreira como cantor gospel, vem aproximando seu discurso do chamado “liberalismo teológico”, e no podcast do Mídia Ninja, adicionou aspectos de outra vertente progressista, a chamada “teologia negra”, ao seu discurso:
“O Ocidente concebeu um Jesus louro, de olhos azuis, com o corpo todo sarado. Esse é o Jesus. Na Santa Ceia, são homens brancos, não tem mulheres, não tem crianças. Então, a gente pensa o cristianismo a partir dessa matiz”, introduziu.
Movimentos de releitura teológica a partir de vieses ideológicos empenham sofismas para desacreditar toda a estrutura doutrinária através de questionamentos sobre aspectos superficiais da religião cristã, como por exemplo, a representação de Jesus nas artes plásticas de séculos passados no continente europeu, quando o Filho de Deus passou a ser retratado como um homem comum à sociedade local.
A partir do questionamento sobre a estética artística das representações religiosas, Kleber Lucas iniciou o discurso de deslegitimação do cristianismo como um movimento iniciado pelo próprio Cristo e, naturalmente, divinamente inspirado:
“Existe alguma coisa que é anterior a ela, e nós precisamos, eu acho, separar cristianismo enquanto religião – e religião é uma construção nossa, não vem do céu; religião é uma construção nossa, a tentativa de identificar uma coisa. E existe uma experiência religiosa”, afirmou, fazendo a ponte argumentativa para justificar sua defesa do sincretismo religioso como um resultado da experiência cultural.
“Eu acho que o que se tem hoje, quando se pensa no negro, o que ele está identificado é com uma experiência religiosa. Eu vivo uma experiência religiosa dentro do cristianismo, sem negar as minhas origens, a minha ancestralidade, o meu histórico de família. A minha experiência religiosa dentro do cristianismo, ela não está desassociada da minha vivência na favela, comendo bebendo, aprendendo história, arte, dentro dos terreiros”, admitiu.
‘Um deus à nossa imagem’
O pastor Anderson Silva comentou as declarações do cantor e pastor, afirmando que os desvios teológicos e doutrinários defendidos por Kleber Lucas denotam um compromisso ideológico que se sobrepõe à fé:
“Percebeu a nocividade da teologia liberal, né? Não é satisfatório apenas se desviar da sã doutrina e da pregação bíblica evangélica. É necessário criar deus à nossa imagem e semelhança. ‘Criemos deus pelas perspectivas das nossas ideologias, dos nossos argumentos ideológicos e filosóficos’”, comentou.
“Na lógica de Kleber Lucas, a própria Bíblia Sagrada está errada, o próprio Deus está errado ao escolher 12 apóstolos. É necessário ter mulher, homem negro, trans e cadeirante na mesa da Santa Ceia, se não, não é Evangelho”, acrescentou, identificando os pré-requisitos do “politicamente correto”.
A motivação do cantor gospel, na crítica de Anderson Silva, seria a aceitação no meio cultural e político: “Homens como Kleber Lucas, quando se desviam, se desviam porque administram algo, porque a Bíblia toda condena e eles querem ficar em paz com a cultura. Olha com quem ele está do lado: Caetano Veloso. A única possibilidade do Caetano Veloso ‘gostar’ de um pastor é se esse pastor se desviou da sã doutrina ou de fato Caetano Veloso se converteu. Mas esse Jesus customizado, de Kleber Lucas, jamais vai ser ofensivo aos pecados de Caetano Veloso. Aí é fácil, muito fácil”, encerrou.
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