Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que a maioria dos pastores evangélicos creem que a Bíblia Sagrada tem respostas para questões do dia a dia em questões sociais, morais e políticas, mas que a grande maioria deles não aborda tais temas nos púlpitos de suas igrejas.
A pesquisa é o resultado de um trabalho realizado durante os últimos dois anos pela Organização Barna e foi apresentado por George Barna no programa American Family Radio, durante uma conversa em torno do tema “Mensagens de Hoje”.
– O que foi descoberto na pesquisa é que, quando perguntados se a Bíblia aborda todas as questões chaves do dia a dia [90% dos pastores] disseram que sim. Então, em seguida perguntamos: “Bem, vocês estão ensinando aos fiéis o que diz a Bíblia sobre estes temas diários?”. Os números caíram drasticamente, menos de 10% dos pastores disseram que falam sobre isso aos fiéis de sua denominação – explicou Barna, segundo o Noticia Cristiana.
A pesquisa questionou também os líderes cristãos a respeito de como medem o êxito de suas igrejas. Entre os principais indicadores apontados pelos pastores, estão o número de membros das igrejas e a quantidade de ofertas recebidas.
– Há cinco fatores que a grande maioria dos pastores relata: número de assistência realizado pela igreja, quantidade de ofertas recebidas, números de programas, número de membros e tamanho da igreja em metragem – relatou George Barna.
– Os pastores estando longe das polêmicas do dia a dia dos fiéis que estão nos assentos das igrejas, e não tendo nenhuma controvérsia cotidiana a ser esclarecida por eles a partir do púlpito, fica mais fácil manter estes focados em doar dinheiro e participar de seus programas – completou.
O radialista e pastor Chuck Baldwin comentou o assunto afirmando que a grande maioria dos pastores escolhe deliberadamente não falar sobre os assuntos do dia, embora a Bíblia fale deles.
– Quase 90% dos pastores nos Estados Unidos não estão a abordando algumas das questões importantes que afetam a vida política e social dos cristãos, temas esses que não deveriam surpreender ninguém. Já se passaram décadas desde que uma minoria considerável de pastores teve o incomodo de usar seu tempo para educar e informar os fiéis de suas congregações que, os princípios bíblicos estão relacionados com a vida política, cultural e social dos Estados Unidos – afirmou Baldwin.
– É hora dos cristãos reconhecem que estes ministros não são pastores; só são diretores executivos. Eles não são ensinadores da Bíblia, são artistas. Não são pastores, são mercenários – ressaltou.