A candidata Marina Silva (PSB) concedeu uma entrevista ao Jornal Nacional na noite de ontem, 27 de agosto, e respondeu a questionamentos sobre polêmicas envolvendo sua trajetória política.
A apresentadora Patrícia Poeta comentou que durante as eleições em 2010, Marina foi a terceira colocada com aproximadamente 20 milhões de votos, ficando atrás de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e questionou o motivo de ela não ter sido a vencedora em seu estado natal, o Acre, onde ela também ocupou a terceira colocação.
“É muito difícil ser profeta em sua própria terra”, respondeu Marina. “Sabe por quê? Porque às vezes a gente tem que confrontar os interesses. Eu venho de uma trajetória política, que desde os meus 17 anos, tive que confrontar muitos interesses no meu estado do Acre”, afirmou fazendo referência às dificuldades de ter seu trabalho reconhecido no estado que é governado por famílias tradicionais na política.
O provérbio usado por Marina Silva tem muitas versões, mas tem a origem na frase que historicamente é atribuída aos discípulos de Jesus, que encontravam muita resistência à mensagem do Evangelho e costumavam resumir as dificuldades dessa forma: “Não há profeta sem honra a não ser em sua terra”.
Marina ainda foi questionada sobre as irregularidades do jato Cessna que era usado por Eduardo Campos na campanha, e respondeu dizendo que as informações que chegaram a ela é que a aeronave havia sido cedida através de um empréstimo, que seria quitado após o fim das eleições, e ressaltou que espera que as investigações policiais respondam a todas as dúvidas sobre a documentação do avião.
A candidata do PSB afirmou ainda que o conceito de “nova política” que ela propõe se diferencia da “velha política” justamente por unir opostos na busca por soluções para o país, ao invés de fazer alianças para interesses particulares.
Assista a integra da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional, da TV Globo: