Ao longo das últimas décadas, vários estudos já foram realizados para investigar a relação entre fé e saúde mental, algo que uma nova pesquisa feita por Dr. Josh Packard volta a confirmar de forma positiva, especialmente no que diz respeito aos jovens.
Josh é diretor executivo do Instituto de Pesquisa Springtide, e nesse levantamento ele focou no público que vai dos 13 aos 25 anos. De acordo com o sociólogo, os dados apontaram que os jovens que mantém uma vida de oração a Deus possuem melhor saúde mental e desenvolvimento “em todas as áreas” da vida.
“Aqueles que oram mais tendem a florescer mais em todas as áreas, incluindo a saúde mental. Se você é uma pessoa que acredita em algum poder superior e tem uma conexão com esse poder superior, geralmente está florescendo mais do que seus colegas”, disse ele ao Faithwire.
Depressão e drogas
Uma vez que os casos de depressão e abuso de drogas têm crescido exponencialmente entre os jovens nos últimos anos, Josh explica que a promoção da fé para esse público significa um fator de proteção e prevenção contra os transtornos de comportamento e outros.
“Os jovens estariam melhores se tivessem uma conexão com algo maior do que eles mesmos. Mas também acho que muitas instituições e líderes religiosos fariam bem em levar a saúde mental em consideração, para que a fé e a crença pudessem fazer parte da abordagem geral da saúde de alguém”, explica o sociólogo.
Isso também requer uma compreensão sobre a forma como as pessoas estão enxergando a Igreja atualmente. Em outro estudo, também apresentado por Josh, foi apontado que 31% dos norte-americanos que antes eram frequentadores de alguma igreja hoje se encaixam no perfil dos “desigrejados”.
O ponto central desse levantamento está no fato de que muitos relataram como justificativa para estar fora da Igreja, enquanto instituição, não o afastamento de Deus, mas sim a carga institucional das denominações.
De acordo com o pasto John White, o fenômeno sinaliza o desejo desse público de se reconectar com o modelo da igreja primitiva, neotestamentária, onde a simplicidade, o caráter comunitário, participativo e doutrinário eram predominantes.
“As igrejas na Bíblia eram simples. Nós descrevemos a ‘igreja simples’ como uma igreja onde qualquer crente possa dizer: ‘Eu poderia fazer isso!’”, exemplifica White, que conclui:
“Ainda que os ‘desigrejados’ não estejam na igreja institucional, a maioria deles não abandonou a Deus. Na verdade, alguns dizem que deixaram ‘a igreja’ para preservar a fé. O tipo de igreja que eles estão interessados tem a aparência da igreja retratada no livro de Atos”.