Uma evangélica foi ameaçada de morte pelo marido, que ficou contrariado porque ela decidiu ir ao culto no último domingo, 09 de maio. Ele usou uma faca para tentar impedi-la de sair de casa.
A Polícia Militar foi acionada pela primeira vez às 17h30, quando a vítima, de 32 anos, ligou para o 190 relatando que seu marido, de 42 anos, estava dizendo que não queria que ela fosse ao culto enquanto ela se arrumava e havia pego uma faca.
Logo em seguida, a mulher tentou tirar a faca do marido, e nesse momento, ele feriu a própria mão, o que a assustou e fez correr para o quintal no fundo da casa, na cidade de Itacarambi, região norte de Minas Gerais.
Uma nova ligação para o 190 foi feita, e o homem percebeu que a Polícia havia sido chamada e decidiu atirar a faca no telhado e fugir depois de reiterar a ameaça de morte.
O jornal Estado de Minas informou que a evangélica aproveitou que o marido não estava em casa e terminou de se arrumar e saiu, indo para a igreja. Pouco depois, os demais fiéis fizeram nova ligação ao 190 relatando que o marido da vítima estava na porta do templo, reiterando as ameaças de morte aos gritos.
Testemunhas disseram que o homem aparentava estar embriagado e só então uma viatura da PM chegou ao local e efetuou a prisão em flagrante, após uma tentativa de resistência por parte do agressor. Os policiais se viram obrigados a fazer uso da força e o conduziram para a Delegacia de Plantão de Januária, onde o Boletim de Ocorrência foi registrado.
Outro caso
A rejeição aos cultos em igrejas evangélicas por parte da sociedade vem ficando evidente desde que a pandemia do novo coronavírus se iniciou e medidas de restrição foram determinadas pelas autoridades.
Um caso semelhante foi registrado há dois meses em Campo Grande (MS): uma filha agrediu a mãe, idosa, para impedir que ela fosse ao culto de boas-vindas a um novo pastor de sua congregação.
A fiel, que teve sua identidade preservada, tem 67 anos. Sua filha, de 48 anos, a agrediu porque ela estava se aprontando para ir à igreja. Usando máscara, a idosa tentou sair, mas foi impedida com violência pela filha, que há dois anos deixou sua casa em Corumbá (MS) e passou a morar com os pais na capital do estado para cuidar deles. Nesse período, se tornou alcoólatra e protagonizou cenas de agressividade.
“Nesse dia, ela havia bebido muito e a mãe se arrumou com máscara e tudo e falou que ia para a igreja. A filha disse que ela não ia e passou a segurar e a chacoalhar a mãe com força”, descreveu a delegada Sueli Araújo Lima Rocha.
O caso, registrado no bairro Jardim Presidente, teve outro fator complicador: o pai interveio para defender a filha, dizendo que ela não quis deixar a mãe sair por temer que ela fosse contaminada por covid-19.
A Polícia Militar, acionada pela vítima, constatou que a filha arranhou a mãe com suas unhas, deixando-a com cortes e sangramento. Levadas à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), foram ouvidas pela delegada e a filha foi presa em flagrante por violência doméstica dolosa.