O deputado federal evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi citado recentemente na Operação Lava-Jato em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como “Careca”, como um dos participantes do esquema de corrupção da Petrobrás.
De acordo com o policial federal, Cunha é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema através dele, que trabalharia para o doleiro Alberto Yousseff. A Procuradoria Geral da República, responsável por determinar ou não a abertura de inquérito, informou que ainda não recebeu o depoimento.
O deputado comentou negou as acusações e as atribuiu a adversários.
– É lamentável que oponentes meus usem desse expediente baixo tentando me desqualificar (…) Isso é uma tentativa política de atacar a minha candidatura (à presidência da Câmara) que não admitirei. Repito, não conheço o cidadão, não fui acusado de nada e meu endereço é outro completamente diferente – afirmou Cunha, em seu perfil no Twitter.
De acordo com o jornal “O Globo”, a possibilidade de Cunha ser investigado na Lava-Jato foi recebida com expectativa pelo Planalto, e integrantes do governo acreditam que o suposto envolvimento de Cunha no esquema de corrupção da Petrobras, e uma consequente investigação, seria a única forma de impedir a eleição do parlamentar evangélico para o comando da Câmara Federal.
Apesar da divulgação das denúncias contra Cunha, feita pelo Jornal Nacional, os partidos que apoiam Cunha, como PTB, PSC, SDD e DEM, não alteraram suas posições em apoio ao peemedebista. O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que o partido continua com Cunha em sua corrida pela presidência da Câmara.