O volante Roberto Brum é reconhecidamente um dos líderes do elenco do Santos. Evangélico, o jogador procura aconselhar alguns de seus companheiros fora de campo, visando manter o grupo unido. Dentro do gramado, Brum não é de gritar palavrões, nem xingar ninguém, mas tem a sua liderança respeitada pelos demais atletas.
“As pessoas fazem essa pergunta para mim e eu costumo dizer que não sou um líder, mas um servo, que procura passar orientações para que o serviço aconteça da melhor forma”, disse o meio-campista. “Quando você faz as coisas direito, com educação, você sempre tende a somar”, completou.
Mas, engana-se quem acha que o espírito de liderança do volante aflorou só agora. Segundo Roberto Brum, desde a época em que defendia o Fluminense, clube onde foi revelado, tanto os jogadores quanto os treinadores sempre respeitaram a sua forma de lidar com a responsabilidade de ser um dos ‘chefes’ do time.
“Eu tive um técnico no Fluminense, o Duílio, que assumiu o Fluminense antes da chegada do (Carlos Alberto) Parreira e ele tinha sido capitão lá durante muito tempo. Quando ele assumiu a equipe, ele me deu essa função, porque ele achava que eu tinha essa característica, natural, que isso estava no meu sangue”, contou Brum. “Sempre levei isso comigo. Fico feliz quando a orientação é bem recebida, pois é algo que faço sempre para o lado positivo”, destacou o camisa 5 do Peixe, antes de relembrar mais uma de suas histórias.
“O Duílio dizia que eu era o único que conseguia fazer o Roger (ex-Corinthians), esse mesmo da Adriane Galisteu, Deborah Secco (risos), dar carrinho. O Roger é meu amigo, mas eu falava para que ele que futebol não era só atacar não, tinha que marcar também. Aí, uma vez ele deu um carrinho no meio do campo, quase foi expulso e eu achei que ia tomar uma bronca por causa disso. Mas o Duílio levou numa boa e disse que só eu mesmo para fazer o Roger marcar”, encerrou.
Fonte: Abril / Gospel+