Uma iniciativa organizada por igrejas evangélicas em parceria com empresários e o poder público pretende oferecer uma nova perspectiva de vida para milhares de venezuelanos refugiados no Brasil.
Se trata de um projeto chamado “Operação Acolhida”, que tem como ponto de partida o estado de Roraima, região de fronteira com a Venezuela.
Desde o início da crise humanitária e política provocada pelo regime ditatorial-socialista de Nicolás Maduro, estima-se que mais de 3 milhões de venezuelanos tenham procurado refúgio em outros países, entre eles o Brasil.
“Existe uma urgência de que a sociedade contribua para acolher os refugiados no Brasil, dando mais dignidade a eles. Os refugiados precisam ser levados para outras regiões do Brasil onde tenham condições de recomeçar”, afirmou Michael Aboud, um dos empresários que apoiam o projeto.
A meta do projeto é acolher 4 mil venezuelanos até 2020. O prazo foi estipulado durante o I Encontro Nacional de Pastores em apoio à Operação Acolhida, que aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, em Boa Vista (Roraima).
“Os venezuelanos serão transportados em voos das Forças Armadas Brasileiras de Boa Vista para Belém e ficarão aguardando para seguir viagem para o Sul do país em voos comerciais”, disse o pastor Samuel Câmara, presidente da Igreja Assembleia de Deus no Brasil.
A denominação irá oferecer um espaço que poderá abrigar até 150 venezuelanos em Belém. A ideia é que além do acolhimento, também exista a oferta de trabalho, possibilitando a regularização e o estabelecimento dos imigrantes no país, ainda que por um período temporário.
Para Carlos Wizard, outro empresário que apoia a Operação Acolhida, as igrejas podem colaborar abrindo espaços como pontos de acolhimento para os refugiados. “Se apenas 10% das igrejas adotarem uma família é possível acolher todos os refugiados que se encontram em situação precária em Roraima”, disse ele, segundo informações do Folha da Boa Vista.