A Venezuela vive a prior crise da sua história. Controlada pelo regime socialista de Nicolás Maduro, o país entrou em colapso econômico, comprometendo os setores da saúde, transporte, energia e até do abastecimento de água. Apesar do caos, alguns líderes cristãos acreditam que isso tem oportunizado a pregação do Evangelho e a união das igrejas como nunca antes havia acontecido.
“Estamos no momento mais crítico da Venezuela, mas é a melhor oportunidade para compartilhar Cristo”, declarou Francisco, pastor da região central da Venezuela. Ele é um dos milhões de venezuelanos que vivenciam o dia-a-dia da crise responsável pela expulsão de 3 milhões de cidadãos do país.
Leo, um pastor de jovens, explica que por causa das dificuldades eles precisaram se adaptar. Continuar anunciando o Evangelho de Cristo é o principal objetivo, algo que não pode ser interrompido pela crise, mas pelo contrário, deve utilizá-la como forma de demonstrar o amor de Deus na prática.
“Não é fácil viver nesta situação. No entanto, aprendemos a nos contentar em qualquer situação. Isso não implica renúncia. Precisamos avançar, confiando e esperando em Deus, mas fazendo o que cada um, trabalhando nas trincheiras, deve fazer para gerar mudanças”, disse ele, segundo a Baptist Press.
“É realmente difícil ver a falta de esperança nas pessoas. Ontem à noite um fio de água chegou ao nível da rua e os vizinhos ficaram na fila, no escuro, a noite toda, para encher potes, panelas e garrafas. A noite toda”, relatou.
O suporte social e espiritual oferecido pelas igrejas evangélicas, como a Batista, tem feito a diferença na vida dos venezuelanos, uma vez que muitos perderam suas expectativas para o futuro. Paula, também residente no Leste da Venezuela, comentou a situação.
“As pessoas estão andando como zumbis, sem saber o que fazer ou até mesmo por que estão andando por aí”, disse ela. Paula é uma das beneficiadas pelo Projeto RaVenz, criado pela Batista, para reunir ajuda humanitária e distribuir alimento aos mais necessitados. Só no fim do ano passado foram 300 mil refeições mensais compartilhadas por eles.