Marcado para ocorrer em 1° de janeiro, o show da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, apelidado por seus apoiadores como “Lulapalooza”, vai contar com a participação de nomes do mundo gospel, como o cantor Kleber Lucas.
A presença do pastor da Igreja Batista Soul foi confirmada pela esposa do líder petista, Rosângela da Silva Lula, a “Janja”, por meio das redes sociais. O anúncio foi feito após evangélicos petistas terem reclamado da ausência de nomes da música gospel no show da posse, segundo informações do Antagonista.
Em contrapartida, nomes como Johnny Hooker, que em 2018 afirmou que “Jesus é travesti sim, Jesus é bicha sim”, durante um evento em Pernambuco, e o de Pabllo Vittar, já teriam sido alguns dos primeiros confirmados.
Além de Kleber Lucas, também estará presente no Lulapalooza o cantor Leonardo Gonçalves, outro nome que durante a campanha eleitoral se posicionou abertamente em favor da esquerda, chegando a participar de outros eventos em prol de Lula.
Aceno aos evangélicos
A presença de figuras como Kleber Lucas no show da posse de Lula é mais um aceno do petismo aos evangélicos. O cantor, contudo, tem acumulado críticas nos últimos anos devido aos seus posicionamentos liberais, cada vez mais à esquerda.
Uma das iniciativas que chamou atenção recentemente, por exemplo, foi o relançamento da música “Deus Cuida de Mim”, um clássico da sua discografia, com o cantor baiano Caetano Veloso.
Enquanto alguns elogiaram, outros viram na parceria com Veloso mais uma busca pelo populismo secular, reflexo de uma visão sincretista de viés universalista que Kleber Lucas estaria adotando nos últimos anos.
Sobre a parceria, Caetano Veloso disse que o pastor “sugeriu que gravássemos” quando se conheceram. “Gravamos e o resultado ficou emocionante. Choramos ao ouvir pronto”, disse o cantor em um post compartilhado por Kleber Lucas em sua rede social.
“Não está vendo o Brasil quem despreza os pentecostais e neopentecostais, que são maioria entre os pobres e pretos, sobretudo entre pretas pobres, e produzem o gênero musical mais buscado depois do chamado sertanejo”, concluiu Veloso.
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