A perseguição aos cristãos na China é uma realidade que se apresenta de várias formas, sendo uma delas a tentativa de silenciar qualquer pessoa que anuncie o Evangelho de Jesus Cristo de forma pública, a fim de que todos conheçam a única Verdade que liberta e salva o ser humano do pecado.
Exemplo disso foi a prisão do evangelista Chen Wensheng no último dia 03 desse mês. Ele estava na rua, como costuma fazer, carregando cruzes de madeira com algumas mensagens cristãs, como “glória ao nosso Salvador” e “arrependa-se e seja salvo pela fé”.
O evangelista faz parte da Igreja Xiaoqun em Hengyang, na província chinesa de Hunan. Ele recebeu a sua sentença de prisão de 10 dias por “evangelismo ilegal”, segundo o regimento do Partido Comunista da China, informou o The Christian Post.
Para tentar conter o avanço do cristianismo no país, o governo comunista da China proíbe o evangelismo em diversas partes, alegando ser ilegal qualquer iniciativa que não seja regulamentada pelo Estado.
A regulamentação, contudo, a mesma que autoriza o funcionamento de algumas igrejas, é nada mais do que uma forma do governo manter o controle sobre o que é dito e realizado pela comunidade religiosa.
Os cristãos que não se submetem a esse controle, sofrem intimidação, prisões e até torturas. Foi o que ocorreu em outro caso, onde policiais invadiram um culto, levando o pastor e fiéis presos.
“Às 2:00 da tarde, enquanto estavam sendo interrogados, eles foram pessoalmente humilhados, abusados e violentamente espancados por sete a oito policiais da Delegacia de Polícia de Chengdu Taisheng. Eles foram detidos por quase oito horas”, infirmou um comunicado da igreja.
Os cristãos que não admitem tamanho controle sabem que um dos objetivos do governo é moldar a doutrina cristã à ideologia do Partido Comunista, por isso se recusam a venerar o Estado como um deus, sendo alvos de maior perseguição.
“Há uma pressão crescente para exaltar o Partido Comunista sobre Deus. A comunidade internacional deve continuar a pressionar a China por seus abusos contra os direitos humanos até que esteja disposta a fazer mudanças positivas”, afirmou Gina Goh, diretora da organização Internacional Christian Concern (ICC).