Conhecido mundialmente por seu testemunho de superação e fé em Deus, o evangelista Nick Vujicic tem posições muito claras no tocante ao papel da Igreja evangélica no tocante à sexualidade humana. Para ele, os cristãos devem ser mais ousados ao defender o ensino bíblico a esse respeito.
Vujicic falou sobre o assunto durante uma entrevista para o podcast Faithwire, da emissora cristã CBN News. Ele ligou o tema à crise de identidade que muitos jovens têm enfrentado na atualidade.
Segundo o evangelista, essas crises podem ser o resultado da confusão feita pela ideologia de gênero, que dissocia a realidade dos sexos biológicos da psique humana, fazendo parecer que a sexualidade seria resultado apenas da cultura, o que é falso.
“Quando você realmente entende a imagem de Deus, podemos voltar a essa simples verdade, e a raiz é que você foi feito à imagem de Deus, e Deus fez homem e mulher”, disse ele, lembrando que a biologia humana, por si mesma, constata o tipo de sexualidade a ser desenvolvida pelo indivíduo.
“Se você tem um pênis, você é homem, ponto final. Devemos entender como Deus nos fez quem somos. Ele nos ama; Ele tem um plano para nós. Voltemos à base disso”, reforçou Vujicic.
Tem fundamento?
Ao associar crises emocionais ao modo como cada indivíduo percebe a sua sexualidade, o evangelista Nick Vujicic não tem apenas como fundamento (que já é suficiente) a Bíblia sagrada, mas também dados científicos.
Um relatório publicado em junho do ano passado pelo ex-chefe do Departamento de Reforma Educacional da Universidade de Arkansas (EUA), Dr. Jay Greene, principal pesquisador da Heritage Foundation, aponta que a facilitação de procedimentos médicos para a alegada “mudança de sexo” nos jovens, sem o consentimento dos pais, não reduziu as taxas de suicídio nesse público.
“De fato, provavelmente leva a maiores taxas de suicídio entre jovens nos estados que adotam essas mudanças”, diz ele em seu documento, lembrando que “os jovens também podem sofrer danos significativos e irreversíveis por essas intervenções médicas”.
Vujicic, por sua vez, acredita que a Igreja precisa ser mais ousada ao defender a realidade bíblica sobre a sexualidade humana, sendo isso uma questão de compromisso com a verdade e amor ao próximo.
“Isso é com o que estamos lidando aqui na Geração Z: ‘Hoje vou me sentir bem, e se você não gosta de mim, tudo bem. Tenho amigos que gostam de mim do jeito que sou. Eles me amam’. Eles te amam? Se eles realmente te amassem, e os estilos de vida LGBT são um pecado, eles te diriam com amor que você não pode se sentir confortável nesse pecado”, concluiu.