Desde o início da Igreja primitiva, a ordenança da Grande Comissão se constituiu um dos maiores pilares da eclesiologia cristã, motivo pelo qual evangelizar se tornou uma prática indissociável dos verdadeiros cristãos. Mas, agora, para o evangelista Nick Vujicic, essa responsabilidade tem sido substituída por outras coisas, como o dízimo!
Falando para o podcast “Whoa That’s Good”, o evangelista Nick Vujicic teceu várias reflexões contundentes para a comunidade cristã. Ele, para quem não sabe, ficou mundialmente famoso devido à sua história de superação, pelo fato de ter nascido com síndrome de focomelia, tendo nascido sem pernas e braços.
As suas palavras foram chocantes: “Acho que a Igreja estará absolutamente morta se não fizer duas coisas, que são: alcançar os perdidos [e] realmente discipular no meio do percurso.”
Em outras palavras, o evangelista diz claramente que a Igreja de Jesus precisa se voltar para o foco de não apenas anunciar o Evangelho da salvação, como também de cuidar das pessoas que através dele vêm ao arrependimento.
Vujicic diz que a Igreja não pode negar “o poder do Espírito Santo”, nem deixar de enfatizar os “seus dons”, algo que “perdemos”, segundo ele, por causa de “igrejas insalubres” que estariam mais preocupadas em coletar dízimos, do que em evangelizar.
Dízimo ou evangelizar?
O dízimo é uma ordenança bíblica para a Igreja, sendo necessário para a sua manutenção em muitos aspectos, não só o físico (administrativo e estrutural), como também evangelístico (manutenção de missionários e ações no mesmo sentido, por exemplo), além do sustento dos obreiros – líderes que dedicam suas vidas para o Reino de Deus.
Contudo, Vujicic acredita que tem ocorrido um desequilíbrio na forma como o dízimo é tratado, por exemplo, se comparado ao ensino sobre a importância de evangelizar.
“Falamos muito sobre o dízimo. Falamos muito sobre o Espírito Santo e os dons do Espírito Santo. Não estou dizendo que não devemos falar sobre o dízimo”, argumenta, frisando que é preciso ensinar aos jovens a importância de estar preparado para lidar com os desafios do mundo atual.
“Até que ensinemos nossos jovens de 16 anos na igreja a se manterem preparados e realmente ler a Bíblia de segunda a sábado… se algo não mudar, cara, serão os últimos… Estou orando, não por avivamento da maneira que a América está orando por avivamento. Estou orando por uma Igreja saudável”, conclui, segundo o Christian Post.