A trajetória do pastor Esmaeil Falahati é de persistência, muita fé e superação. Ele é um ex-muçulmano que agora enfrenta várias acusações simplesmente por ter passado os últimos 10 anos da sua vida se dedicando ao Evangelho de Jesus Cristo, difundindo a verdade sobre o Reino de Deus no mundo islâmico.
Após a sua conversão aos 23 anos, Falahati iniciou seus estudos em Teologia, até que começou a pregar e implantar pequenas igrejas domésticas (congregações nos lares) em Teerã, capital da República Islâmica do Irã, seu país de origem.
Em 2015, durante uma das reuniões em uma congregação com 30 membros, Falahati e a sua equipe foram surpreendidos por uma operação policial. Todos foram presos e levados para interrogatório. A casa do pastor também foi vasculhada, onde bíblias e outros materiais evangelísticos foram encontrados.
Na delegacia, os cristãs foram torturados por horas, a fim de contar os locais das outras igrejas. O pastor sofreu bastante, até que foi parar na seção 209 da prisão de Evin, conhecida como uma das piores do Irã, famosa por abrigar perseguidos por consciência e religião.
“Fui torturado e interrogado sobre meus serviços e sobre pregar a Bíblia”, disse o pastor, segundo informações do Christian Post. Ele ficou mais de um mês na prisão sendo acusado de se levantar contra o regime islâmico do país, até conseguir a libertação em 9 de setembro de 2015 mediante o pagamento de fiança.
Com a sua vida e liberdade ameaçadas, o ex-muçulmano Falahati fugiu para a Turquia com a sua família, esposa e filhos. A Turquia, apesar de ser de maioria muçulmana, possui mais garantias de liberdade à religião do que o Irã. Uma vez naquele país, o pastor se registrou no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
O problema é que apesar de ter buscado refúgio e cumprido todas as exigências para consegui-lo, o pastor e a sua família não estão sendo tratados como deveriam no país e agora correm o risco de deportação.
“Não recebemos nenhum serviço prestado a outros refugiados”, disse Falahati. “Não temos segurança, identidade e nacionalidade apenas pelo crime de ser cristão. Parece que estamos em uma prisão maior”, disse ele.
Felizmente, enquanto luta por sua regularização na Turquia, o ex-muçulmano conheceu um pastor que lhe ofereceu a oportunidade de continuar estudando teologia e dar aulas de língua persa em uma universidade do país.
“Era como se o Senhor estivesse revivendo minha família e a mim, e nos preparando para uma nova temporada em nossa vida”, disse Falahati. “Aparentemente, Jesus foi glorificado novamente em minha vida através de minha fé na prisão e na acusação, e isso reviveu e trouxe bênção para aqueles que me deixaram enquanto eu estava sendo processado.”