O simples fato de sugerir um estudo bíblico para alguém pode gerar reações imprevisíveis, sendo elas positivas ou negativas. Foi o que observou um médico residente em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Aos 75 anos, Lucien Cox possui uma longa carreira como médico ginecologista, e em mais um dia de trabalho recebeu uma paciente de 63 anos. Como parte da consulta, ela foi submetida a uma série de perguntas, um processo conhecido na área de saúde como anamnese.
Um assistente estava com o médico no momento do atendimento, sendo testemunha do caso. A paciente, então, lembrou que fez um aborto em 1987, e o dr. Lucien Cox, durante a conversa, “aconselhou a paciente sobre um programa de estudo bíblico que ela poderia achar útil”, pois era voltado para mulheres que enfrentam o sentimento de culpa, segundo o seu advogado de defesa, Peter Osinoff.
Acusação
A paciente, contudo, interpretou a conversa de forma negativa e acusou o médico cristão de lhe convidar para “ir para o Céu e evitar o diabo”, fazendo com que o Conselho Médico da Califórnia classificasse a conduta do profissional como “desvios extremos do padrão de atendimento”.
O advogado do profissional, contudo, negou que o médico tivesse dito a frase acima, e que ele “não se ofereceu para ensiná-la sobre o cristianismo”. Osinoff lembrou também que em toda a sua carreira, Lucien Cox não foi alvo de qualquer denúncia por violação à ética médica, sendo isso um forte indício do seu profissionalismo.
“Como sempre, um acompanhante esteve presente durante o exame, que transcorreu sem intercorrências”, frisou o advogado.
Diante da situação exaustiva para um profissional de idade já avançada, o médico, então, resolveu se aposentar, evitando ter que enfrentar o processo administrativo aberto pelo Conselho Médico da Califórnia.
“Em vez de prosseguir para uma audiência cara, o Dr. Cox decidiu entregar sua licença, pois havia fechado seu consultório e planejava se aposentar da prática da medicina há algum tempo”, disse o advogado, segundo o The Independent.