Assim como em diversos países, o Vietnã tem uma forte perseguição religiosa aos cristãos. É sempre um desafio compartilhar o evangelho de Cristo, já que a repressão promovida em grande parte pelo regime político local e religioso tradicional enxerga o cristianismo como uma ameaça.
Muitos que se convertem, sofrem retaliação até dos próprios parantes, a exemplo de um homem chamado Alan, que cresceu numa aldeia com costumes e rituais típicos, onde muitos buscam orientação e ajuda de feiticeiros da região.
Só aos 20 anos de idade foi que Alan ouviu pela primeira vez a respeito de Jesus. Ele ficou bastante curioso e missionários que estavam trabalhando na implantação de uma igreja na cidade mostrou para ele o filme ‘Jesus’.
“As pessoas da igreja vieram até mim e compartilharam sobre Jesus, e eu orei para acreditar em Jesus”, lembra ele, segundo informações da Portas Abertas. “Eu queria seguir esse Jesus.”
Comovido com o que acabara de descobrir, Alan foi imediatamente contar a novidade para as pessoas da Aldeia, onde quis compartilhar o filme ‘Jesus’ com todos. Ele queria dividir a alegria que estava sentindo.
Mas os líderes da Aldeia, que eram comunistas, assim que souberam que alguém da região tinha se convertido, e queria exibir o filme ‘Jesus’, logo trataram de proibir. Eles disseram a todos que tinham se reunido para ver o filme que se virassem cristãos seriam presos.
Coração missionário
Inicialmente o vietnamita recém-convertido ao cristianismo cedeu às pressões e disse que não era mais cristão. Todavia, a verdade do Evangelho se manteve em seu coração, despertando nele o desejo de proclamar a Palavra.
“Finalmente eu disse: ‘Ok, eu não sou cristão’, mas no meu coração ainda acreditava em Deus”, disse ele.
Alan precisou se manter como um cristão secreto, passando anos orando a Deus para que tivesse providência acerca de como proceder diante de toda a perseguição em seu país.
Apenas depois de casado e já com filhos, Alan assumiu que era um cristão, o que despertou a ira de alguns líderes locais. “Eles planejavam me atacar. Eles já haviam preparado quatro ou cinco homens fortes para me espancar, mas agradeço a Deus que isso não tenha acontecido”.
Alan e a sua família foram expulsos da aldeia onde moravam, mas após anos de oração e capacitação, ele retornou ao local das suas origens, onde agora atua como um evangelista de Cristo.
“Eu oro por eles porque eles são novos crentes e têm medo de enfrentar perseguição”, disse ele, grato por ter conseguido recuperar um local para sustentar a sua família. “Louvo a Deus por ainda ter uma terra para trabalhar”, concluiu.