Após décadas de intervenção militar da força internacional de segurança liderada pelos Estados Unidos no Iraque, tentando restaurar um governo democrático e livre dos grupos terroristas islâmicos, o cenário no país continua de caos e extrema perseguição religiosa aos cristãos, acuados pelos constantes ataques às igrejas e famílias em suas casas.
O caso mais recente de ataque foi relatado pela International Christian Concern (ICC), ocorrido em Bagdá, capital do país, no último sábado (9). Um grupo invadiu a casa dos cristãos Dr. Hisham Shafiq al-Maskuni, sua esposa Shaza Malik e sua mãe idosa, Khairiya Dawood, assassinando todos brutalmente com golpes de faca.
“Este ataque significa que não há lugar aqui para os cristãos. Nós somos vistos como um cordeiro para ser abatido a qualquer momento”, disse um cristão local, afirmando que esse tipo de ataque faz parte de uma estratégia terrorista para obrigar a fuga dos cristãos da região: “Estes são os sinais do início de um novo plano para forçar a população cristã a sair de suas casas e irem para fora do país”, explicou.
“Como cristão, a vida é boa desde que você não tenha inimigos. Você também não deve chamar a atenção para si mesmo. Eu me sinto deprimido por causa do que aconteceu com Hisham e sua família, mesmo que tenha acontecido tantas vezes desde 2003, mas ainda me deixa triste”, disse outro morador.
Apesar dos esforços em denunciar a onda de ataques, feito por várias organizações religiosas, os cristãos no Iraque continuam inseguros. Eles são vistos como pessoas incapazes de se defender e por isso se tornam “presas fáceis” dos extremistas.
“O assassinato do Dr. Hisham Shafiq e sua família é uma tragédia que envia uma mensagem mortal a outros cristãos em Bagdá. A de que eles não estão seguros, mesmo em suas próprias casas. Os extremistas observam os cristãos como indefesos e, portanto, objetivos fáceis para uma grande variedade de crimes”, disse Claire Evans, Gerente Regional da ICC.