O secretário da Educação da Grã-Bretanha, Michael Gove, planeja distribuir exemplares da Bíblia entre os estudantes das escolas públicas do país. Tal ideia está sendo apoiada pelo cientista e militante ateu Richard Dawkins, que afirma que a leitura da Bíblia é o caminho para desacreditá-la.
De acordo com o The Guardian essa é “uma das alianças mais improváveis dos últimos anos”. Porém as intenções para distribuição do Livro Sagrado do Cristianismo entre Gove e Dawkins são bastante diferentes. Enquanto Gove acredita que a Bíblia servirá aos estudantes como um guia de moralidade, Dawkins tem certeza de que o livro sagrado dos cristãos passa muito longe disso.
O militante ateu afirma que a Bíblia não faz restrição ao roubo, assassinato e mutilação, entre outras atitudes condenáveis. Dawkins disse ainda que “o caminho certo para se desiludir dessas falsidades é ler a própria Bíblia”.
Porém, mesmo sendo contra a Bíblia como uma fonte de ensinamentos morais, ele admitiu que a Bíblia tem qualidades literárias e que, por isso, deve fazer parte da formação geral dos estudantes.
No último ano, Dawkins se envolveu em outra polêmica ao fazer comentários sobre a Bíblia. Ao comentar sobre os 400 anos da Bíblia King James, versão que Gove pretende distribuir entre os estudantes, ele disse que esses textos são uma herança cultural que foi roubada pelas religiões.
A polêmica em torno do assunto se intensificou ainda mais porque alguns cristãos se ofereceram para arcar com os custos dessa distribuição.
A Nacional Sociedade Secular também se manifestou sobre o assunto, discordando tanto de Gove quanto de Dawkins. A entidade afirma que a distribuição da Bíblia significaria um desperdício de dinheiro, além de favorecer o cristianismo nas escolas, onde nenhum credo deve merecer atenção especial.
Fonte: Gospel+