Uma pesquisa recente foi realizada para entender como o brasileiro toma decisões de compra e o levantamento descobriu que 58% dos evangélicos ponderam como gastar o dinheiro partir de seus valores de fé.
A pesquisa inédita, conduzida pela Data-Makers em parceria com a Dolores, revelou que a religião tem impacto significativo nas decisões de compra dos evangélicos no Brasil: 58% desse grupo afirma que sua fé influencia diretamente o consumo, em contraste com apenas 7% dos não evangélicos que compartilham dessa visão.
O estudo, intitulado O Brasil Evangélico, destaca que os evangélicos representam 35% da população brasileira e se mostram mais dispostos a consumir. A Data-Makers projeta que os evangélicos se tornarão o maior grupo religioso do país daqui a dois anos, a partir do final de 2026.
Segundo informações do Diário do Comércio, a pesquisa mostrou que 47% dos evangélicos planejam aumentar o consumo nos próximos 12 meses, enquanto o mesmo índice entre não evangélicos mostra que apenas 32% pensa em aumentar as compras.
Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers, a ligação entre fé e consumo é característica desse grupo: “Para os evangélicos, o consumo muitas vezes reflete virtude e sucesso, valores que estão profundamente integrados à religião”, afirmou, referindo-se aos grupos pentecostais e, principalmente, neopentecostais, que são mais propensos à teologia da prosperidade.
A pesquisa também evidenciou que 39% dos evangélicos não se sentem plenamente atendidos pelo mercado, especialmente nos setores de lazer e moda.
Formado majoritariamente de conservadores, o público evangélico também tem reprovações à publicidade: 52% dizem não se identificar com as campanhas publicitárias atuais, o que reforça para profissionais de comunicação e estratégia de vendas a necessidade de estratégias mais alinhadas aos seus valores.
Ao final, o relatório da pesquisa indica que é preciso entender o impacto da religião na vida desse público para que as marcas dialoguem de maneira eficaz com os evangélicos, um grupo cada vez mais relevante na sociedade brasileira.