A cantora Bianca Toledo publicou novos comentários em suas redes sociais sobre a delicada situação que está atravessando sobre a prisão de seu ex-marido, pastor Felipe Heiderich, acusado de abuso sexual infantil.
Felipe teria admitido a Bianca ser homossexual e ter abusado do filho dela, José Vittorio, de cinco anos de idade.
Na legenda de uma imagem, Bianca desabafou: “Aprendi há alguns anos atrás que há um tesouro na dor. E como esse aprendizado tem me restabelecido neste momento! Estou doendo, mas aprendendo muito. Hoje estamos virando uma página. O que eu precisava comunicar a vocês o fiz e sei que clamam por mim e por Vittorio. Não falarei mais disso”, disse a cantora em seu perfil no Instagram.
Bianca Toledo acrescentou: “Novamente perdi o chão e vi que isso não era novo pra mim. Aprendi a abrir as asas! Não desejo a ninguém o que vi, ouvi e senti no último mês. Mas Deus falou comigo enquanto me tomava nos braços de volta ao seu amor sem fim e me fez lembrar que me ressuscitou para anunciar sua volta em Jesus preparando a igreja para este iminente encontro”.
Em uma entrevista ao jornal Extra, Bianca Toledo contou que os abusos contra seu filho aconteciam quando ela estava em viagens a trabalho: “Como pastora, já tratei muitos casos, mas nunca achei que aconteceria na minha casa. Deus foi muito bom comigo porque eu descobri de forma muita rápida e com a linguagem dele. Tentei explicar o que estava acontecendo de forma com que ele entendesse. Eu precisava agir de forma enérgica para protegê-lo”, disse, referindo-se ao próprio filho.
Quando descobriu o que estava havendo, ela disse que procurou ajuda de um especialista para ter certeza do que se tratava: “Eu deixava ele sempre com babá. Depois que começou a investigação, descobri que ele dispensava as babás sem eu saber. Elas achavam que eu estava de acordo. Havia denúncia até de quando ele era menorzinho, mas infelizmente nunca me contaram nada. Coisas de 2 anos ou 3 anos atrás”.
Uma revelação feita por ela na entrevista pode mudar a forma de enxergar o caso. Bianca disse ao jornal que, mesmo quando não imaginava que seu filho estava sendo abusado, desconfiava do comportamento do marido por outros motivos, já que após seis meses de casamento, ele passou a se recusar a manter relações sexuais com ela.
Segundo Bianca Toledo, Felipe chegou a usar um câncer como justificativa para o desinteresse, e ela, intrigada, marcou uma consulta com um médico: “Ele falou que queria ir sozinho, para falar sobre coisas do passado dele que não queria que eu escutasse. Quando voltou disse que estava diagnosticado com a doença, mas não mostrou nada comprovando. Liguei para a médica, que me disse que ele tinha mentido. Contou também que meu marido tinha dupla personalidade e é homossexual”, afirmou.
Horror
Na entrevista, Bianca revelou que conduziu o diálogo com o filho de maneira leve, para extrair o máximo que podia do menino, sem agravar os traumas: “Tentei tratar o tema de forma bem lúdica. Perguntei onde ele dormia quando a mamãe viajava. E ele disse que era na cama junto com o papai. Perguntei também se alguma vez o papai tinha dado banho nele. E o relato foi horrível”.
Por outro lado, Bianca disse que precisava de maiores confirmações sobre o caso, e assim, passou a conversar com Felipe como se acreditasse na doença que ele alegava ter, enquanto levava o filho a uma terapeuta, para que ele pudesse falar sobre o ocorrido.
“Na primeira consulta, ele disse que tinha muitos segredos a contar. Mas somente na segunda consulta entrou nos detalhes. Eu gravei tudo”, contou, dizendo que procurou advogados na sequência, para obter orientações, antes de confrontar Felipe Heiderich.
“Ele num primeiro momento disse que não havia ‘curado’ a sua homossexualidade. Argumentei que já sabia que ele estava abusando do meu filho e que em cinco dias tomaria as providências necessárias”, revelou, acrescentando que no mesmo dia se hospedou em um hotel.
Para Bianca, a tentativa de suicídio de Felipe Heiderich foi uma simulação, supostamente para criar um fato que amenizasse as acusações: “Ele mandou uma mensagem para um amigo dizendo que tinha desistido da vida e que iria se matar. Ao chegarem ao apartamento, encontraram fotos minhas e do meu filho espalhadas pelo chão e uma carta em que ele dizia que tinha tomado duas caixa de tranquilizante”.
Socorrido, o pastor foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), e horas depois, foi transferido para uma clínica psiquiátrica. “Lá ele foi diagnosticado com dupla personalidade e transtornos de personalidade. Eu queria que ele ficasse internado, mas meu advogado me disse que, se eu não denunciasse o caso à polícia, eu seria cúmplice. No mesmo dia fui à delegacia”, concluiu.