Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, acusou nesta quinta-feira o adversário José Serra, do PSDB, de usar o pastor Silas Malafaia como um “preposto” para ofendê-lo.
“Ele [Serra] trouxe do Rio de Janeiro um pastor para me ofender”, afirmou Haddad, segundo o Terra. “Nós teremos vários debates. Se ele quiser pautar o debate sobre tolerância e intolerância, eu estou disposto a conversar, agora tem que ser ele, não pode ser por preposto. Não posso responder ao submundo da política, eu tenho que responder a ele”, disse o petista.
A declaração de Haddad foi feita durante o anúncio de apoio do PMDB de Gabriel Chalita a sua candidatura. Antes que sua aliança pudesse ser interpretada como uma aproximação dos católicos, de que Chalita tem relações, Haddad negou dizendo que não iria “instrumentalizar pessoas”. “Só estou fazendo um convite pelo bom nível da campanha, não instrumentalizar pessoas, não ameaçar pelos jornais, acho que esses termos não são apropriados para uma campanha democrática.”
Malafaia já declarou seu apoio a Serra e disse na última terça-feira (9) que iria “arrebentar” o adversário Fernando Haddad, do PT. O líder religioso vinculou Haddad ao ativismo homossexual e que seria o responsável pela criação do kit anti-homofobia, conhecido como kit gay.
O material seria distribuído em escolas da rede pública, mas teve trechos considerados inadequados por grupos religiosos. A presidente Dilma Rousseff foi pressionada pelas bancadas religiosas, e terminou por suspender sua distribuição.
A declaração de Haddad foi feita durante o anúncio de apoio do PMDB de Gabriel Chalita a sua candidatura. Antes que sua aliança pudesse ser interpretada como uma aproximação dos católicos, de que Chalita tem relações, Haddad negou dizendo que não iria “instrumentalizar pessoas”. “Só estou fazendo um convite pelo bom nível da campanha, não instrumentalizar pessoas, não ameaçar pelos jornais, acho que esses termos não são apropriados para uma campanha democrática.”
Malafaia, apesar de dizer que ia fazer uma campanha discreta no segundo turno em São Paulo, entrou de vez no debate eleitoral depois de declarar seu apoio a Serra. Ontem divulgou um vídeo de cerca de 12 minutos criticando o candidato do PT e defendendo o direito de pastores e evangélicos defenderem um candidato.
O pastor chamou Haddad de preconceituoso e que ele “perdeu a oportunidade de ficar de boca fechada”. “Não sou massa de manobra, nem moleque comprado para defender alguém”, completou.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+