Desde junho no ano passado a Igreja Universal do Reino de Deus tem enfrentado problemas com suas filiais em Angola, na África. Isso porque, alguns líderes locais acusaram lideranças brasileiras abuso de autoridade e práticas consideradas ilegais, como a suposta exigência de vasectomia.
O caso foi parar na Justiça angolana e lideranças locais também passaram a acusar a IURD de lavagem de dinheiro e evasão de divisas para o exterior. Como resultado, ao menos sete templos da denominação foram fechados por ordem judicial, conforme notícia do Gospel Mais.
Os pastores angolanos então criaram a “Comissão de Reforma” da Universal, a fim de iniciar um processo de separação da denominação fundada no Brasil pelo bispo Edir Macedo. O movimento ganhou força e foi visto como uma solução para o conflito, segundo o pastor Humberto de Almeida, um dos líderes dissidentes.
“O conflito interno na IURD já foi ultrapassado, com a criação da Comissão de Reforma. Esperamos celeridade da Justiça, para que os templos sejam reabertos e voltarem aos cultos, com vista à pacificação dos espíritos de muitas famílias que tanto precisam de serviços divinos”, disse ele na época.
Agora em 2021, fiéis da Igreja Universal de Angola, ou seja, a denominação original, pretendem realizar uma manifestação pacífica no próximo sábado (29) pelo não reconhecimento judicial dos dissidentes como igreja independente.
O ato é organizado “pelo coletivo de obreiros, jovens, membros e simpatizantes da IURD“, segundo uma nota oficial divulgada pela denominação, informou o Notícias ao Minuto. A Igreja protesta, entre outros, não pela dissidência, meramente, mas também pela tomada dos templos usados inicialmente pela denominação.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro chegou a intervir, solicitando ao presidente angolano João Lourenço proteção aos bispos brasileiros que residem no país. O chefe angolano, por sua vez, garantiu que o tratamento será justo.