Definitivamente os evangélicos não permitiram que o filme “50 Tons de Cinza” passasse em branco e alimentaram a polêmica em torno do longa-metragem baseado no best-seller homônimo.
Na última segunda-feira, 16 de fevereiro, aproximadamente 200 fiéis da Assembleia de Deus protestaram contra o filme em Erechim (RS). A ideia dos organizadores era se manifestar contra o sadomasoquismo presente na história erótica da franquia.
“Eu não acho que é saudável como o filme apresenta uma mulher depois da relação, jogada no chão sangrando de machucada. Fica aqui então nossa crítica através da nossa visão de sexualidade. Acho que esse filme vai destruir muitos jovens”, disse o pastor Geraldino Junior, um dos responsáveis pelo protesto.
A ideia de marchar em protesto contra o filme surgiu durante um congresso de jovens realizado nos dias anteriores. Durante o evento, o tema discutido foi “sexualidade saudável, pureza e romance”, segundo informações do G1.
Motivados pelas ideias trocadas durante o evento, os jovens evangélicos se propuseram a confeccionar cartazes e caminhar pelas ruas da cidade gaúcha anunciando Jesus e criticando o filme soft-porn.
Polêmicas e piada
Os livros que deram origem ao filme venderam mais de 100 milhões de cópias ao redor do mundo. Há expectativa de que “50 Tons de Cinza” se torne o filme de maior bilheteria da história, muito por conta da repercussão que está causando.
No Brasil, a maior polêmica envolvendo as críticas de um líder religioso envolveu o bispo Edir Macedo, que publicou em seu blog um artigo que classifica o filme como uma “perversão demoníaca.
O humorista e apresentador Rafinha Bastos aproveitou o episódio para fazer piada com o caso: “O bispo Edir Macedo falou que ’50 Tons de Cinza’ é um filme do demo. Ele pode até estar certo, mas se você quer ver o capeta, não precisa ir até o cinema… é só ligar a TV”, escreveu em sua página no Facebook, fazendo referência à já conhecida tradição da Igreja Universal do Reino de Deus em mostrar exorcismos em seus programas.