A teologia da prosperidade é uma das vertentes mais influentes no neopentecostalismo e uma das linhas de pensamento mais criticadas pelos cristãos do protestantismo tradicional, por mudar o foco da mensagem do Evangelho, que propõe mudança de caráter, para uma mudança de vida ligada à aquisição de bens materiais.
O pastor e apologista Justin Peters afirmou que a teologia da prosperidade é pregada por falsos profetas: “Benny Hinn, Kenneth Copeland, Joel Osteen, Myles Munroe, Joyce Meyer e outros são todos falsos profetas. O que eles ensinam não é o Evangelho pregado por nosso Senhor Jesus Cristo, mas um ensino que não tem nenhuma base bíblica”, afirmou, elencando os mais conhecidos norte-americanos adeptos dessa vertente.
A declaração de Justin foi feita durante o 2º Encontro Apologético Internacional da Paraíba, realizado pela Igreja Assembleia de Deus Ministério Missão em Campina Grande. No Brasil, os principais nomes pregadores da teologia da prosperidade são o bispo Edir Macedo, o pastor Silas Malafaia, os apóstolos Valdemiro Santiago, Renê Terra Nova e Estevam Hernandes.
Segundo Justin Peters, o ensino de que a prosperidade seria uma manifestação do Evangelho é baseado em uma interpretação equivocada da narrativa bíblica: “Eles [pregadores da ‘teologia da prosperidade’] ensinam que, se fomos criados à imagem e semelhança de Deus, nós também somos deuses, ou temos uma natureza divina. Mas isso não é verdade. Por várias vezes nas Escrituras, vemos Deus sendo enfático ao dizer que é o único Deus, o único Senhor, e que o homem não é igual a Ele. Pensar que temos uma natureza divina é uma blasfêmia”, frisou.
De acordo com informações do site Gospel Prime, Justin Peters também exibiu um vídeo com trechos de pregações em que os principais pregadores da teologia da prosperidade referem-se aos humanos como seres divinos.