Na última semana centenas de fiéis da Igreja de Deus Ministerial de Jesus Cristo Internacional saíram às ruas em várias cidades da Colômbia, sobretudo na capital Bogotá, para protestarem em favor dos líderes da denominação, principalmente a María Luisa Piraquive, que são acusados de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e vinculação com atividades criminosas.
Nas ruas, os fiéis portavam cartazes com mensagens que, principalmente, exigiam seu direito à liberdade de culto. De acordo com a Agência ALC, os protestos foram organizados pelo Partido Mira, depois que a Promotoria colombiana solicitou a autoridades dos Estados unidos que realizassem uma investigação fiscal da família Piraquive na Flórida, onde teriam uma fortuna acumulada de 14 milhões de dólares.
O partido que organizou os protestos é considerado o baço político da denominação religiosa, e já conseguiu eleger Alexandra Moreno Piraquive, filha da líder da igreja, para o Senado.
Liderada pela família Piraquive, a igreja tem cerca de 850 salas de oração em 45 países. Investigações feitas pelo diário El Tiempo rastrearam fortunas da família na Suíça, Estados Unidos, Canadá, Áustria, Holanda, Inglaterra, Espanha, Panamá, México, Equador, Bolívia, Chile e Peru, além da Colômbia.
Ao se pronunciar sobre as investigações a respeito da igreja, a vice ministra do Interior, Natalia Gutiérrez, afirmou que o governo quer fortalecer a institucionalidade dessas igrejas a fim de melhor organizar as atividades das instituições religiosas no país.
Além do escândalo envolvendo supostas atividades criminosas, a pastora María Luisa Piraquive causou polêmica recentemente ao afirmar que, em sua igreja, um amputado ou portador de necessidades especiais não pode pregar ou dirigir um culto.
Por Dan Martins, para o Gospel+