A campanha de oração promovida pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), para cadastrar fiéis que sejam eleitores do Rio de Janeiro tornou-se alvo de uma ação do Ministério Público.
Para o procurador Maurício da Rocha Ribeiro, Garotinho é “notório” pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro nas eleições deste ano, e usa seu programa de rádio e a campanha de oração como forma de propaganda eleitoral antecipada.
A campanha de oração promovida por Garotinho é divulgada através do programa de rádio e destinada somente a fiéis moradores do estado do Rio de Janeiro. Quem se cadastra, recebe uma carteirinha de identificação com a frase “Sou Intercessor” e a foto do pré-candidato, além de outros brindes, como camisetas e livros.
Para Ribeiro, com a campanha de oração, “busca-se exaltar, em ano eleitoral, mesmo que por meio de conotação religiosa, a figura do representado Garotinho, que busca fixar sua imagem através da provisão de bens aos possíveis eleitores”.
Na ação, o Ministério Público pede que o deputado seja multado em R$ 5 mil por dia caso a distribuição de brindes na campanha continue. Outros virtuais adversários de Garotinho, como o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o senador Lindbergh Farias (PT) foram alvo de sete ações cada um ao longo de 2013, por conta de propaganda eleitoral antecipada.
“Isso não tem nada a ver com campanha, e o livro que eu envio não tem nenhuma conotação política”, disse Garotinho, segundo informações da Folha de S. Paulo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+