O ex-governador Anthony Garotinho afirmou que a crise vivida pelo Brasil se deve, em parte, ao abandono dos princípios cristãos pelo povo, enquanto seu programa de rádio se torna alvo de uma nova investigação.
Garotinho mantém um programa na Super Rádio Tupi, chamado Fala, Garotinho, e aproveitou o espaço para comentar a derrocada da sociedade e das instituições brasileiras vividas nos últimos anos.
“Como foi possível chegarmos à situação que nosso amado Brasil está passando? Temos a maior reserva de água do mundo; a maior floresta do planeta. Nossos recursos são amplos. Temos ouro, petróleo, terra fértil. O que está faltando ao Brasil?”, questionou.
O político evangélico – que é alvo de investigações ligadas à Operação Lava-Jato – afirmou que as causas não são exclusivamente de ordem espiritual, mas esse ponto tem grande influência na atual situação do país.
“Infelizmente, chego à conclusão que existem dois motivos para a nossa situação: primeiro, como dizia Darcy Ribeiro, temos uma classe dirigente que só pensa em si, que não pensa no povo – ficou rica enquanto o povo empobreceu – que tem amor ao dinheiro, mas não tem amor ao Brasil”, pontuou.
“O segundo motivo é que estamos abandonando os princípios cristãos, de amor ao próximo, respeito à família, aos pais, o valor da solidariedade, de olhar a quem precisa. Está faltando Deus no coração das pessoas”, acrescentou.
2018
Ao mesmo tempo em que trabalha em sua defesa contra as acusações de que teria recebido valores de caixa dois no escritório de uma loja evangélica no Rio de Janeiro, o ex-governador fluminense tem agora uma nova dor de cabeça.
De acordo com informações da revista Veja, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE-RJ) instaurou um inquérito para investigar se Anthony Garotinho teria feito campanha antecipada para 2018.
As supostas irregularidades teriam sido cometidas no mesmo programa de rádio, com “propaganda antecipada” do ex-governador, visando as próximas eleições, no dia 2 de maio. Uma denúncia foi feita à PRE-RJ, acusando Garotinho de veicular mensagens de telespectadores com alusões à candidatura de Garotinho ao governo do estado.
Procurada pelo Gospel+, a assessoria de imprensa do ex-governador emitiu uma nota afirmando que não houve cometimento de crime e que as afirmações feitas no programa de rádio se valeram da liberdade garantida pela lei vigente. Confira:
Em resposta à divulgação pelo Ministério Público Eleitoral, através de sua Procuradoria Regional Eleitoral, sobre a instalação de um procedimento investigatório, o comunicador e ex-governador Anthony Garotinho esclarece que:
1-Nunca disse que é candidato ao governo do estado ou a qualquer outro cargo;
2-Não pode impedir que os seus ouvintes manifestem espontaneamente o desejo de que ele volte, devido ao fracasso dos governos Cabral e Pezão;
3-A atual lei eleitoral não proíbe que um político fale de suas realizações passadas;
4-A lei diz que constitui crime eleitoral ou propaganda antecipada o pedido explícito de voto, o que não houve;
5-Parabeniza a iniciativa do MPE porque será comprovado que não houve irregularidade eleitoral alguma e agradece à audiência dos procuradores que ouviram seu programa na Super Rádio Tupi.