Um grupo de meninas – a maioria cristã – sequestradas há dois anos e meio pelos terroristas do Boko Haram, na Nigéria, reencontrou os familiares após serem resgatadas.
Em abril de 2014, 276 meninas foram raptadas pelos extremistas, que lutam pela erradicação do cristianismo no país e pregam a ruptura completa com a sociedade ocidental. Em vídeos posteriores, o Boko Haram anunciou que as meninas haviam sido obrigadas a se converterem ao islamismo, além de serem dadas como esposas a seus militantes.
O grupo de 21 meninas resgatado no último domingo foi beneficiado por uma ação das autoridades do país, que teriam oferecido prisioneiros em troca. No entanto, de acordo com as agências internacionais, o governo não confirma essa versão.
O reencontro das meninas com suas famílias foi emocionante, marcado por lágrimas, abraços e muita celebração. No tempo em que foram mantidas em cativeiro, elas se tornaram inspiração para a campanha #BringBackOurGirls (#TragaNossasGarotasdeVolta”, em tradução livre).
De acordo com informações do G1, das 276 estudantes sequestradas em 2014, 197 continuam desaparecidas. Uma das resgatadas afirmou que elas ficaram 40 dias sem comida e quase morreram sob ataques aéreos.
Na cerimônia de reencontro, realizada em Abuja, capital do país, o governo anunciou que há tratativas em andamento para libertar outras estudantes.
Apesar das negativas do governo em relação à troca de extremistas do Boko Haram pelas jovens, uma autoridade de segurança disse à BBC que quatro comandantes foram libertados. Já a agência Associated Press noticiou que o governo suíço também enviou um pagamento de milhões de dólares em nome do governo nigeriano.
Nesses dois anos e meio, algumas meninas conseguiram fugir do cativeiro, mas outras morreram sob poder do Boko Haram. Há casos de meninas que, depois de casadas com os terroristas, decidiram ficar com seus maridos.