A manifestação pela liberdade de expressão e contra o aborto e casamento gay realizada na tarde de ontem, em Brasília, não tem sido criticada apenas pelos ativistas gays. Um grupo cristão chamado Cristoversivos está preparando um protesto para o próximo dia 08 de junho, no Rio de Janeiro, contra o evento liderado pelo pastor Silas Malafaia.
Na página da organização no Facebook, o grupo se descreve como “cristãos em movimento, vindos de diversas igrejas, denominações e comunidades, com objetivo de ser um contraponto à concepção hegemônica de Igreja e Cristianismo”.
Ainda de acordo com a descrição da página, a proposta do grupo é que o Evangelho seja pregado de forma a aproximar a igreja dos desfavorecidos: “Buscamos promover uma fé e prática que nos aproxime dos oprimidos, dos marginalizados, dos excluídos, a partir de um relacionamento com o Cristo Libertador”.
No anúncio do protesto contra a manifestação de ontem, o Cristoversivos anuncia que é “radicalmente contra qualquer pseudo argumento de liberdade que implique na opressão de uma minoria social”, e que por isso foi organizado “um ‘contra-evento’, intitulado ‘Expressão da Liberdade’. Lá faremos uma cerimônia de lava pés e uma ceia com mesa aberta, servindo e demonstrando amor ao próximo, como nos ensinou um dos maiores subversivos da história: Jesus Cristo, a quem seguimos”.
O protesto pretende reunir diversas camadas sociais e representantes dos mais variados grupos de ativistas: “Convidamos todos aqueles que têm seus direitos e liberdades diminuídas e desrespeitadas no dia-a-dia, tais como a comunidade LGBTT, índios, negros, povo de santo e tantos mais que a sociedade e a instituição igreja excluem. Ampliamos ainda o convite a todo seguidor de Jesus que não se sente representado pelo discurso de ódio deturpadamente pregado como doutrina bíblica na TV, no planalto e nos púlpitos”.
O convite do Cristoversivos conclui com críticas às posturas adotadas pelos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano e por seus seguidores: “Queremos apresentar uma alternativa de cristianismo, pois ‘Malafaias’ e ‘Felicianos’ representam o projeto político de poder que Jesus abominava: a ausência de Amor”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+