O posicionamento político da igreja evangélica não deve ser partidário ou personalizado em uma candidatura, mas deve ser firme e contundente na defesa da verdade e demais valores bíblicos, afirmou o pastor Hernandes Dias Lopes.
Hernandes, que é pastor na Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES) e pastor colaborador da Igreja Presbiteriana de Pinheiros em São Paulo (SP), concedeu um depoimento sobre o momento vivido pelo país nesse momento de definição eleitoral.
“A Igreja não é um curral eleitoral, o púlpito não é um palanque e nós não temos voto de cabresto”, delineou Hernandes ao pontuar os limites da atuação da Igreja nos embates políticos.
Em seguida, o pastor explicou que os cristãos precisam se posicionar prontamente quando se faz necessário defender os princípios e valores de Deus: “Nós somos a favor da valorização do casamento, de verdades absolutas, somos contra o aborto e contra a relativização dos costumes”.
“Quem é cristão crê em princípios e essa é a bandeira que nós temos que levantar como Igreja, exercendo voz profética”, acrescentou, referindo a passagem de Romanos 13, onde mostra que Deus criou o governo com duas finalidades: “Primeiro, promover o bem e, segundo, coibir o mal. Se o governo inverte os papéis — promovendo o mal e coibindo o bem — cabe à Igreja se levantar como voz profética. E isso vai custar um preço”, alertou.
“Mas a Igreja, como diziam os reformadores, é a consciência do Estado, ela não pode se conformar, não pode fazer parte do jogo e nem se corromper. Não pode se envolver em determinadas alianças para não perder a autoridade de voz profética”, finalizou, no depoimento concedido ao portal Guia-me.