As críticas que alguns pastores têm feito a The Chosen repercutiram nas redes sociais e imprensa cristã, e uma em especial motivou o criador da série a responder. Dallas Jenkins afirmou que não há idolatria das pessoas pela tela da TV, muito menos alguém que tenha trocado Deus pelos personagens.
O cerne da questão foi uma afirmação do pastor Voddie Baucham, que participou de um podcast e afirmou que assistir a The Chosen é uma violação do segundo mandamento. Dallas Jenkins, então, conceituou sua discordância do respeitado líder evangélico dos EUA:
“Eu amo Voddie Baucham, mas acho que essa tomada está mal aplicada. O segundo mandamento está claramente se referindo a objetos de adoração e, muito provavelmente, especificamente a objetos de adoração que competem com Deus”, escreveu o criador da série.
Ele mencionou a passagem de Êxodo 20:4-6, para avaliar o argumento de Baucham, dizendo que não é “porque um filme ou programa que retrata Cristo está mostrando alguém que vem do céu, então é idólatra, ou porque é o retrato de Deus, uma imagem de Deus, é idólatra”.
“O problema não é o retrato ou a imagem em si”, disse Jenkins, mas sim a adoração dessa imagem, contrapôs. “Com o que é claro que eu concordo. Mas ninguém está adorando a tela da TV; não estamos afirmando que o programa é a Bíblia ou que Jonathan [Roumie] é na verdade Jesus; e ninguém acredita que o retrato seja um objeto de adoração ou qualquer outra coisa senão outra forma de ilustrar e apontar as pessoas para a verdade”, acrescentou.
“Em nenhum nível concebível The Chosen se compara aos deuses, ídolos e imagens que os israelitas estavam potencialmente adorando para competir com Deus”, continuou.
De acordo com informações do portal The Christian Post, tanto o pastor, quanto o criador da série têm origens evangélicas. Baucham foi pastor na Igreja Batista Família da Graça, no Texas, e atualmente é reitor de teologia na African Christian University na Zâmbia. Já Dallas Jenkins é filho de Jerry B. Jenkins, o escritor da série de livros Deixados para Trás.