Um caso criminal está chamando atenção das autoridades no município de Joanésia, interior do Estado de Minas Gerais, localizado na região conhecida como “Vale do Aço” no país. Se trata dos ataques a bomba que uma igreja evangélica têm sofrido já pela segunda vez, algo incomum em terras brasileiras.
Se trata da igreja evangélica cristã Maranata. O último ataque ocorreu no domingo, dia 15, e a Polícia Militar ainda não identificou os agressores. Sabe-se apenas que uma pessoa passou em frente ao local pilotando uma moto, tendo lançado o artefato explosivo no templo enquanto estava sendo realizado um culto, por volta das 20h20.
Ninguém ficou ferido, felizmente, mas a perícia que esteve no local constatou danos à estrutura do local. Telhas, bancos e vidros foram quebrados com a explosão. Os peritos esperam colher pistas dos agressores e a motivação para o crime através das câmeras de segurança espalhadas pela região.
Especulações sobre a motivação para o crime
Os policiais informaram que essa não é a primeira vez que a mesma igreja sofreu um ataque com bombas. Em 2016 outro ataque semelhante já havia causado pânico na comunidade.
Essa recorrência é o que chama mais atenção dos investigadores, uma vez que a Igreja Maranata foi acusada pelo Ministério Público Federal, em 2014, de desviar R$ 24,8 milhões dos dízimos e ofertas dos fieis:
“Obtiveram [os líderes] vantagem indevida valendo-se de artifícios fraudulentos – ora utilizando-se de empresas já constituídas, ora mediante constituição de empresas simuladas – visando a justificar emissão de notas fiscais superfaturadas para possibilitar a saída de dinheiro do Presbitério”, disseram os investigadores na época.
Na prática, o incidente levanta a suspeita de retaliação, embora tal possibilidade não tenha sido confirmada pelas autoridades, ainda sendo considerada uma especulação.
Apenas o resultado da perícia e possíveis depoimentos podem ajudar à esclarecer o caso. Ainda assim, nenhuma possibilidade está sendo descartada e a intolerância religiosa também é uma das hipóteses.